quinta-feira, outubro 30, 2008

Exemplo inglês...

"Os pais dos alunos com comportamentos violentos nas escolas britânicas vão passar a ser multados num valor que pode ir até aos 1450 euros. “As intimidações verbais e físicas não podem continuar a ser toleradas nas nossas escolas, seja quais forem as motivações”, sublinhou a Secretária de Estado para as Escolas. Disse também que “as crianças têm de distinguir o bem e o mal e saber que haverá consequências se ultrapassarem a fronteira”. Acrescentou ainda que “vão reforçar a autoridade dos professores, dando-lhes confiança e apoio para que tomem atitudes firmes face a todas formas de má conduta por parte dos alunos”. A governante garantiu que “as novas regras transmitem aos pais uma mensagem bem clara para que percebam que a escola não vai tolerar que eles não assumam as suas responsabilidades em caso de comportamento violento dos seus filhos. Estas medidas serão sustentadas em ordens judiciais para que assumam os seus deveres de pais e em cursos de educação para os pais, com multas que podem chegar às mil libras se não cumprirem as decisões dos tribunais'. O Livro Branco dá ainda aos professores um direito 'claro' de submeter os alunos à disciplina e de usar a força de modo razoável para a obter, se necessário. Para Portugal, dado o nível de vida, bastariam multas até aos 500 euros. Se lhes mexerem na carteira, aprendem logo a lição. Para quê gastar tempo com pedagogia? Funcionaria tão bem como os radares nas estradas: passam a andar tão direitinhos que até dá gosto.
Recordo que no dia 22 de Julho de 1986, a Grã-Bretanha, como último país da Europa, baniu as surras como castigo nas escolas. A medida vinha sendo exigida há tempos pelos professores, mas sempre rejeitada pelos políticos conservadores, que temiam o colapso total do sistema disciplinar. "Quem poupa a vara, detesta seu filho, quem o ama, porém, castiga-o com frequência, para que ele se alegre com isso mais tarde" – durante muito tempo, o sistema de ensino se orientou por este conselho do Velho Testamento. Todos estavam firmemente convencidos de que uma boa surra simplesmente fazia parte da educação. Mais de dois mil anos mais tarde, o Parlamento britânico discutia se não estava na hora de abandonar este recurso pedagógico ancestral. Por outro lado lembro wque No ano lectivo de 2003/2004, segundo informa o ministério da educação inglês, 9.880 alunos — de um total de 7,5 milhões — foram expulsos do ensino nas escolas inglesas. Em cerca de 20 por cento dos casos a expulsão esteve ligada a uma agressão contra colegas. O Governo de Tony Blair fez da luta contra a indisciplina e o absentismo a sua prioridade educativa. «Uma boa disciplina e comportamentos satisfatórios são vitais para que os professores possam ensinar e os alunos aprender. A disciplina é considerada satisfatória em 99 por cento das escolas primárias e em 94 por cento das secundárias inspeccionadas em 2004/05», diz o governo no seu «plano de acção para o respeito», tornado público no passado dia 10 de Janeiro. As escolas que têm problemas podem agora pedir apoio à policia de proximidade. «Nalgumas escolas, um policia permanece ali de serviço, ou vem algumas horas por semana, e isso dá bons resultados. Ele fala aos alunos reunidos em assembleia de modo a fazer prevenção. A sua presença tem também um papel dissuasor», assegurou um porta-voz do ministério
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