quarta-feira, outubro 15, 2008

Afinal, a crise passou? O pior está para vir?

Receios de recessão económica voltam a penalizar bolsas europeias
Após duas sessões em forte alta, os mercados europeus regressaram às perdas acentuadas penalizados pelos receios de recessão económica. Dados económicos divulgados hoje na Europa e nos Estados Unidos levaram as praças do Velho Continente a cair, na sua maioria, mais de 6%. Nos Estados Unidos, Wall Street recua mais de 3%. Após uma subida de 15% em apenas duas sessões, o índice Stoxx 50 perdeu hoje 6,61% com 48 dos 50 títulos em queda. Os títulos do HSBC e da BP foram os que mais penalizaram o índice. Os mercados europeus voltaram a ser penalizados pelos receios de recessão económica no dia em que foram divulgados dados económico dos dois lados do Atlântico. Nos Estados Unidos, as vendas a retalho caíram 1,2%, em Setembro. Este valor ficou acima dos 0,7% antecipados pelos economistas. No Reino Unido, a taxa de desemprego atingiu o nível mais elevado dos últimos dois anos. A bolsa inglesa foi precisamente uma das que mais caiu, ao registar uma queda de 7,16%. No entanto, o mercado que mais perdeu foi o holandês, ao desvalorizar 7,56%. O AEX é o índice que acumula o maior prejuízo anual: 49%.Em França, o CAC 40 perdeu 6,82% e na Alemanha, o DAX recuou 6,49%. A bolsa nacional foi hoje a que menos perder, ao recuar 3,06%. A Siemens e a Lafarge, que realizam cerca de um quinto das suas vendas no mercados norte-americano, foram as empresas que registaram as maiores quedas. A Siemens perdeu 14% e a Lafarge recuou mais de 11% (fonte: jornalista Ana Luísa Marques, Jornal de Negócios);
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Responsável por Portugal no FMI: "Mais investimento público não vai tirar Portugal do abrandamento"
Palavras ponderadas e muita contenção num diagnóstico reservado sobre a saúde da economia nacional. Assim esteve James Daniel na conversa que teve com o Negócios, em Washington, na sexta-feira passada, a primeira entrevista que dá depois da divulgação, há uma semana e meia, da avaliação anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Portugal.A poucos dias da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2009, o economista que acompanha a economia nacional não quis entrar em metas numéricas para défice e dívida, mas deixou claro que "o desafio é não relaxar" na consolidação orçamental. James Daniel elogia as reformas estruturais que diz que o Governo pôs no terreno, mas reconhece que Portugal não está a "correr" mais que os outros países (fonte: jornalista Rui Peres Jorge, Jornal de Negócios);
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Brown propõe reformar o FMI
Li no Publico que "o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, apelou hoje a uma alteração do Fundo Monetário Internacional (FMI) que permita regular o sistema financeiro mundial e evite uma repetição da crise global de crédito, como a que se vive actualmente.“O FMI tem de ser reconstruído de forma a servir as finalidades do mundo moderno”, disse após conversações com o presidente da Comissão Europeia, Barroso Barroso.Uma supervisão financeira mais transfronteiriça das empresas multinacionais e um sistema de alerta precoce para a economia internacional foram outros dos apelos de Gordon Brown, que aproveitou para elogiar as medidas de salvamento dos bancos da Zona Euro, que parecem ter travado o colapso dos mercados financeiros. Brown deixou, no entanto, também claro que a arquitectura financeira deve ser global e não só europeia, não dando nenhuma indicação de atenuação da hostilidade britânica relativamente a mais regulamentação financeira europeia. “É óbvio que neste momento estamos a lidar com mercados financeiros globais. Há dez, 20 anos, tínhamos mercados de capitais nacionais. Não temos outra coisa senão regulação e supervisão nacional ou regional”, disse o primeiro-ministro britânico. Mas “se queremos resolver os problemas financeiros mundiais que são reconhecidos como globais, precisamos de melhores instrumentos para os regular”, concluiu";
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Responsável da Fed declara economia americana em recessão
Segundo o Publico, "os Estados Unidos já deverão estar em recessão, segundo uma responsável da Reserva Federal (Fed, o banco central) do país, Janet Yellen.Esta responsável, que é presidente do banco central regional de São Francisco (Califórnia), considera no entanto, citada pela AFP, que a reacção das autoridades públicas do país deverá atenuar a gravidade desta recessão.Janet Yellen referia-se ao plano de compra de activos “tóxicos” no valor de 700 mil milhões de dólares (cerca de 500 mil milhões de euros ao câmbio actual) do secretário de Estado do Tesouro, Henry Paulson, e à entrada do Estado no capital dos bancos relevantes com mais problemas, entre outras medidas.Foi a primeira vez que alguém com responsabilidades no banco central americano assumiu um diagnóstico que é avançado por cada vez mais economistas, face ao abrandamento económico desencadeado pela crise financeira, pouco a pouco contagiou o conjunto da economia".

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