segunda-feira, julho 28, 2008

Crescimento do PIB nas regiões...


Em termos nominais, o PIB regional cresceu mais que a média nacional, por ordem decrescente, na Região Autónoma dos Açores (RAA), na Região Autónoma da Madeira (RAM), no Alentejo, no Algarve e no Norte. As regiões Centro e Lisboa apresentaram evoluções nominais aquém do crescimento nacional. Em resultado do efeito da evolução desigual dos preços, o comportamento regional do PIB em volume foi um pouco diferente do nominal: a região de Lisboa (0,6%) registou um aumento real inferior à média nacional (1,4%); com crescimentos sucessivamente maiores, seguem-se o Alentejo (1,5%), o Centro (1,6%), o Norte (1,7%), o Algarve (2,5%), a Região Autónoma da Madeira (2,8%) e a Região Autónoma dos Açores (3,3%). É também de destacar que em três das sete regiões – Lisboa, RAM e Alentejo – o peso relativo no VAB é superior ao peso no emprego. Os resultados da retropolação da Base 2000 das Contas Regionais referentes a 1995 e os preliminares de 2006, relativos ao VAB, por ramos de actividade, permitem avaliar a evolução do perfil económico das regiões, tendo-se verificado que a estrutura produtiva evoluiu no sentido do reforço da terciarização. Com efeito, as actividades de serviços dominaram a actividade produtiva nas sete regiões NUTS II portuguesas e reforçaram a sua importância, sobretudo no Alentejo, Centro e Norte. Em 2006, o contributo destes ramos foi particularmente expressivo na RAM, em Lisboa e no Algarve, tendo sido superior a 80% do VAB em cada uma das regiões. O PIB per capita nacional passou de 8,5 milhares de euros em 1995, para 14,7 em 2006, o que correspondeu a um aumento no período de 73% (em valor). Ao longo do período, verificou-se uma evolução do índice do PIB per capita inferior à média nacional nas regiões Norte e Centro, embora no primeiro caso se tenha evidenciado um comportamento da sua região NUTS 3 Grande Porto claramente mais positivo. As Regiões Autónomas são as que registaram evolução mais favorável dos índices do PIB per capita. Mas, enquanto o aumento do índice da RAA foi insuficiente para ultrapassar a média do país, a RAM apresentava, em 2006, um índice superior à média nacional. Lisboa e o Algarve apresentavam em 2006 índices superiores à média nacional e ligeiramente superiores aos de 1995. Quanto às assimetrias do PIB per capita no interior de cada região, diminuíram no Norte e no Centro e aumentaram nas regiões de Lisboa e do Alentejo.O que será que os "profetas da desgraça" que repetidamente andaram a perguntar pelos valores do PIB relativos a 2006, e que prometiam, uma "hecatombe" com crescimento zero ou mesmo negativo para a Madeira, vão dizer?

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