segunda-feira, abril 28, 2008

Custo das viagens: o assunto não se resolve com oportunismos

Fiquei a saber hoje, pela imprensa madeirense online, que o PS vai propor a criação de uma sub-comissão na Assembleia Legislativa da Madeira, com o objectivo de acompanhar o impacto da chamada liberalização dos transportes aéreos e respectivo impacto para a Região. os socialistas vão pedir ao Presidente do parlamento uma sub-comissão na Comissão de Economia e Turismo "para acompanhar a liberalização do transporte aéreo entre a Madeira e o Continente", reconhecendo o líder parlamentar socialista que o processo de liberalização do transporte aéreo entre a Madeira e o Continente "foi consensual no seio dos governos da República e Regional" embora reconhecendo haver um aumento nos preços dos bilhetes comprados à ultima hora. "Propomos a criação de uma Sub-Comissão na Comissão Especializada de Economia, Turismo e Transportes para analisar nos próximos seis meses a evolução dessa liberalização de modo a aferir os seus aspectos positivos e negativos". Confesso, embora caiba ao PSD uma decisão sobre esta proposta dos socialistas, que não vejo qual a utilidade, em concreto, na criação de mais um grupo de trabalho, não só porque estamos perante matéria da competência dos governos - como aliás o dirigente socialista reconhece - como também não acredito que a Comissão Parlamentar de Economia, Turismo e Transportes, tenha assim tanto trabalho que a impeça, ela própria, de dedicar essa pretendida atenção ao tema. O que eu continuo a pensar é que precisamos de saber a verdade dos factos, porque a opinião pública madeirense não tem a noção do impacto das medidas agora anunciadas, sobretudo ao nível dos preços de viagens que, em determinadas circunstâncias, quer para madeirenses residentes, quer para estudantes universitários que frequentem Universidades fora da Região, quer mesmo para turistas continentais que pretendam visitar a Madeira, podem ultrapassar os 500 euros. Esta informação foi-me prestada por vários hoteleiros. O que precisamos saber,m de facto, é qual o impacto destes novos preços e procedimentos dos passageiros, no turismo regional e quais os encargos adicionais, em concreto, que resultam desta liberalização no bolso dos madeirenses. O resto é pura perda de tempo em torno de uma questão demasiado séria para servir de instrumento de disputas políticas ou partidárias.

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