sexta-feira, abril 25, 2008

Autonomia e 25 de Abril

Hoje é 25 de Abril, recordado 34 anos depois da revolução - que continua a ser hoje o símbolo da libertação de um país e de um povo - que, apesar dos seus erros, hesitações, omissões e contradições (nenhuma revolução é perfeita) e de todas as dificuldades que conheceu nos primeiros tempos, continua a ser uma referência histórica, por muito que fiquemos todos com a sensação que esta efeméride é assinalada num misto de saudosismo e de rotina que pouco ou nada acaba por dizer à opinião pública, particularmente aos jovens.
Mas foi ao 25 de Abril e só a ele, bem como à capacidade que, depois, os Madeirenses tiveram de aproveitar ao longo dos anos todas as oportunidades e desafios, que foi possível construir a Autonomia política, constitucionalmente consagrada, que obviamente não é perfeita, nem sequer aspira alcançar nenhum estado de perfeição, mas que acreditamos ter propiciado uma melhoria das condições de vida de uma terra durante décadas foi duplamente penalizada pela insularidade e pela marginalização do regime derrubado em 25 de Abril. Mas uma Autonomia que, reconhecida e incontestavelmente, se fica a dever ao 25 de Abril, porque foi o 25 de Abril a abrir as portas à afirmação da nossa dignidade colectiva regional, quer enquanto região, quer enquanto povo, uma e outro parcelas de um todo nacional que ninguém questiona.

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