Por razões diferentes e muito
distintas, Cristiano Ronaldo e Sérgio Figueiredo, futebolista e jornalista,
ficaram a saber e devem ter percebido, se dúvidas ainda tinham, que nos tempos
que correm a solidaridade, mesmo entre os seus pares, em cada uma das
profissões que exercem, é um valor que custa cada vez mais caro, demasiado
caro, e que nem sempre podemos contar com quem supostamente nos ajudaria nos
momentos que mais deles precisamos. Fala-se há muito na tal "vingança
chinesa" aquela que se serve a frio, que demora mas que aparece. Sempre,
conjugando vinçança com inveja. Basicamente acho que ambos passam por isso. Não
vou discutir os nmotivos, nem as razões, ou falta delas, que a cada um destes
dois protagonistas podem ser imputadas. Não tenho nada a ver com isso, não me
meto na vida de cada um destes protagonistas muito na implacável ribalta
mediática (tanto promove e empurra para o alto como desacredita e enterra bem
para o fundo) nos últimos tempos. Ronado promete uma entrevista daquio a
semanas, Sérgio usou as redes sociais para anunciar que desistiu do cargo para
o qual tinha sido convidado pelo seu amigo Medina, Ministro das Finanças. Eu
quase aposto que muitos dos que enterraram Sérgio Figueiredo, vão andar,
frenética e histericamente, a partir de hoje, nos bastidores nojentos em
Lisboa, da política aos negócios, a pressionar uns e outros para tentarem ficar
com o lugar do jornalista. Só espero que Medina tenha a dignidade que recusar
qualquer nova nomeação e dê por encerrado este dossier polémico e que tanto
falatório gerou.
Esta é a realidade de dois protagonistas,
cada qual no seu mundo, que não se confundem, mas que por motivos diferentes
andam no espaço mediático num tempo que em nada os ajudou. Independentemente
dos erros, que tanto Cristiano como Sérgio, cometeram na gestão de um
determinado tempo nas suas carreiras.
Ronaldo, por causa do Manchester e da
legítima ambição de, em final de carreira (a caminho dos 38 anos), ser
protagonista da maior prova de clubes de futebol do mundo - a Liga dos Campeões
- tem atravessado um dos períodos piores
da sua carreira e vida pessoal - senão mesmo o pior de sermpre - enquanto que
Sérgio Figueiredo, que viu alvo de ataques pessoais generalizados - dos quais
não dissocio o seu alegado envolvimento, então como DI da TVI, na divulgação
precipitada da notícia correcta da falência do ex-BANIF, situação que gerou
processos judiciais e uma corrida ao banco que gerou o caos e acelerou a
intervenção do Estado.
Um, Sérgio, já caiu, inevitavelmente
não tinha condições para cntinuar a
alimentar uma polémica que o desgastava. Outro, Ronaldo, critica as
alegadas falsas notícias que o julgam na praça pública, sem conhecimento dos
factos, mas se continua aos quase 38 anos com dificuldades em encontrar
colocação, dificilmente terá condições para continuar a servir o Manchester
United que nada tem a ver com o clube de outros tempos de Alex Fergunsen e
outros. O United é hoje uma empresa ao serviço dos detentores do capital e da
lógica empresarial do lucro o mais imediato possível, e em que os desejos
pessoais de CR7 pouco ou nada contam. Ronaldo provavelmente demorou a perceber
essa realidade que não sendo transversal a todos os clubes europeus, é-o
relativamente aos grandes emblemas europeus (LFM)
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