PAN e Chega são os partidos que mais crescem entre os barómetros de julho e setembro da Aximage para o JN e a TSF, mas o seu eleitorado tem características bastante diferentes (também o programa e a forma de o comunicar, mas essa é outra questão). A primeira grande fronteira é o género: os radicais de Direita são os que têm maior peso de testosterona (se o voto fosse só dos homens, teriam 10,7% e seriam o terceiro maior partido do país), enquanto os ambientalistas e animalistas são o partido mais feminino de todos (se o voto fosse só das mulheres, teriam 7% e estariam no quarto lugar). Quando se analisam os resultados por regiões (com as cautelas que é preciso ter em amostras reduzidas), percebe-se que o Chega de André Ventura parece bem implantado em todo o país, com destaque para o Sul e ilhas, onde aparece em terceiro lugar, atrás de PS e PSD. O mais significativo, no entanto, são os 6,5% que poderia ter na Área Metropolitana de Lisboa, pelo que isso pode representar em número de deputados numas eleições legislativas.
O PAN está ainda melhor colocado que os radicais de Direita em Lisboa, rondando nesta sondagem os 8,6%, ou seja, está em quarto lugar, atrás de PS, PSD e BE. Apesar da percentagem ser menor, a posição relativa é ainda melhor na região Norte, onde consegue agora um terceiro lugar (7,7%), mas bastante longe de socialistas e sociais-democratas.
Quando o olhar incide sobre o voto das diferentes faixas etárias, o Chega confirma a força que já tinha em julho nos dois escalões intermédios (35/49 e 50/64 anos), embora esteja também relativamente bem implantado dos dois extremos. Já o PAN continua a ser um partido sobretudo alicerçado nos mais novos (18/34 e 35/49 anos) e quase ignorado por quem tem 65 ou mais anos (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)
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