O governo de Nicolás Maduro e a oposição
liderada pelo presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaído, iniciaram na Noruega uma ronda de conversações em busca de um fim para o impasse
político e a crise na Venezuela. O presidente eleito fez-se representar no país
nórdico europeu pelo ministro da Comunicação, Jorge Rodriguez, e pelo
governador da província de Miranda, Hector Rodriguez. Pela oposição, esteve o
ex-deputado Gerardo Blyde, o ex-ministro Fernando Martinez Mottola e o
vice-presidente da Assembleia, Stlain Gonzalez, noticiaram os meios de
comunicação noruegueses. O governo norueguês que intermedeia as conversações
enalteceu o esforço de parte a parte para encontrar uma solução para a crise
venezuelana. Nicolás Maduro considerou que "as conversas para avançar nos
acordos de paz começaram com o pé direito" na construção de "uma
agenda de paz para o país", mas Guaidó não se mostrou tão otimista e negou
a existência de negociações que não envolvam "o fim da ditadura",
apontando o dedo depois à escassez de gasolina que está a provocar longas filas
de espera de várias horas nos postos de abastecimento. Nas ruas, o povo pede o
fim da crise. Questionada pela ronda negocial na Noruega, uma cidadã disse
esperar "que se ponham de acordo e que tudo termine em paz". "É
isso que me importa e que finalmente possamos sair disto", acrescentou.
Para outro venezuelano, "o diálogo é bom, mas sempre com as condições
apropriadas para o que os venezuelanos precisam". "O restabelecimento
da democracia e da ordem pública. É isso que queremos", sublinhou. Ao
mesmo tempo que as delegações do governo e da oposição davam na Noruega os
primeiros passos num muito aguardado processo de paz política no país, na
Venezuela a crise dos combustíveis agravava-se. Entre os condutores revoltados,
Darwin Hernandez acusava o governo de Maduro de "incompetência para gerir
o caos em que se tornou o país". "Estamos aqui já há umas três horas
para me dizerem depois que não há gasolina", perspetivava este revoltado
condutor. Apesar das imagens que nos chegam e dos testemunhos, a petrolífera
estatal PDVSA e o governo de Nicolás Maduro desmentiram pelas redes sociais a
falta de gasolina e garantiram ao final da noite de sexta-feira o fornecimento
e distribuição de combustíveis por todo o território nacional.
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