A Venezuela acusou os Estados Unidos de
"incitar" um "golpe militar" no país para originar uma
"mudança violenta" do governo e denunciou uma "estratégia de
agressão total" de Washington contra Caracas. "A Venezuela denuncia
perante o mundo que (...) o secretário de Estado Rex Tillerson tornou pública a
intenção do seu Governo de provocar uma mudança violenta do Presidente
constitucional da Venezuela, incitando um golpe militar", assinalou em
comunicado o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, através da sua
conta "Twitter". A Venezuela, que se referiu a "ameaças" que
qualificou de "graves", respondeu desta forma às alegadas declarações
de Tillerson na quinta-feira, nas quais se terá referido à possibilidade de uma
sublevação militar no país caribenho como forma de mudança de governo,
afirmações que não foram confirmadas por Washington.
Em declarações no âmbito desta visita, Tillerson
questionou as eleições que vão decorrer em maio na Venezuela e pediu que sejam
"abertas e democráticas". Criticou ainda a presença da Rússia e da
China na América Latina, a quem chamou de "predadores" que procuram o
seu "próprio benefício". As declarações do secretário de Estado dos
EUA também mereceram reparos do Presidente boliviano Evo Morales, ao assegurar
esta sexta-feira numa mensagem "twitter" que Washington
"confessa as suas ambições golpistas" na Venezuela. Na segunda parte da mensagem, Morales apelou à unidade
da "Pátria Grande" para enfrentar a "nova ameaça e defender a
independência e soberania da Venezuela". O Governo de Morales é dos poucos
executivos da América do Sul que continua a manifestar um apoio explícito ao
Presidente venezuelano Nicolás Maduro. As relações entre Washington e Caracas
permanecem tensas há mais de uma década e os dois países estão sem embaixadores
desde 2010 (Lusa)
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