A sondagem da Aximage mostra que, em Agosto, o PS caiu um ponto
percentual face ao estudo de Julho, enquanto as intenções de voto no pSD
mantêm-se inalteradas. Contudo, tendo em conta a evolução dos dois maiores
partidos entre Junho e Agosto, verifica-se que o PSD está ainda mais distante
do PS, isto apesar de o Governo ter atravessado neste Verão a fase mais
difícil. Numa altura em que se aproxima do fim um Verão que foi muito difícil
para o Governo, verifica-se que tanto o PS como António Costa passaram quase
incólumes um período marcado pelos incêndios que assolaram boa parte do
território nacional, pelo roubo de material militar em Tancos ou ainda pela
demissão de três secretários de Estado e posterior remodelação governamental.
A sondagem da Aximage de Setembro para o Negócios e o Correio da Manhã
(realizada nos dias 29 e 30 de Agosto) mostra que no presente mês o PS recua um
ponto percentual face a Julho, de 44% para 43%. Já o PSD mantém-se nos 22,9%.
Tal como os socialistas, também o BE cai um ponto para 9,1% das
intenções de voto, enquanto a CDU surge inalterada com 7,8% e o CDS recua muito
ligeiramente de 5,3% para 5,2%.
Mas analisando a evolução das intenções de voto dos dois principais
partidos entre Junho e o momento presente verifica-se que os socialistas
conseguiram alagar a vantagem sobre os social-democratas, pese embora este Verão
ter constituído a fase mais crítica já enfrentada pelo Governo.
Isto porque se no barómetro de Junho da Aximage havia 19,1 pontos
percentuais a distanciar o PS do PSD, agora são 20,1 pontos percentuais a
distar as duas forças. Ou seja, entre Junho e Setembro o PS conseguiu aumentar
a diferença para o PSD. É de assinalar esta evolução até pelo facto de a
maioria dos portugueses crer que o Governo actuou "mal" na gestão dos
fogos florestais.
Para 38,5% dos inquiridos pela Aximage foi "mau" o desempenho do
Executivo socialista, sendo que a percentagem de entrevistados que considera a
actuação como "assim-assim" não fica muito distante (36,8%).
Claramente menor (22,3%) é o número de portugueses que encara como
"bom" o desempenho governamental na questão dos incêndios.
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