A oposição
venezuelana denunciou que o Governo se nega a autorizar a entrada no país de
900 contentores de medicamentos vindos da Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai. São cada vez mais frequentes as queixas da população para encontrar
alguns tipos de medicamentos. “O Governo nacional (venezuelano) não dá
autorização, no seu empenho por fazer que o mundo acredite que aqui não há uma
crise humanitária e isso é sumamente grave”, denunciou o deputado José Gregório
Correa. Em declarações aos jornalistas, em Caracas, o deputado, que também é
presidente da Comissão de Assuntos Interiores, Segurança e Defesa do Parlamento
do Mercosul (Parlasul), questionou a importância que tem “vida dos venezuelanos”
para o Governo. Como exemplo da gravidade da situação, explicou que “Cojedes é
o segundo estado (venezuelano) com escassez de medicamentos à escala nacional”.
“Segundo as estatísticas, duas pessoas
faleceram como consequência da escassez de medicamentos, sem contar o péssimo
funcionamento dos hospitais e a sua decadente dotação”, denunciou.
Para o
parlamentar, negar a entrada de medicamentos para as pessoas “é um crime que
lesa a humanidade”. “Numa situação como está, é realmente não
humano que por diferenças políticas não permitam o ingresso. O que de verdade
deveria importar ao Governo é preservar a vida dos cidadãos”, disse. Na
Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas da população para encontrar
alguns tipos de medicamentos, entre eles os tratamentos para hipertensão,
diabetes e cancro.
Segundo os
funcionários de várias farmácias, quando os medicamentos chegam, têm custos
elevados para grande parte da população e dão como exemplo os comprimidos para
a hipertensão, cujo tratamento para 15 dias custa mais de 50% do salário mínimo
mensal (Observador)
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