terça-feira, fevereiro 16, 2016

O BANIF, Passos, a hipocrisia e a mentira doentia e crónica

Há uma coisa que me faz uma confusão enorme, ou talvez não sobretudo para quem como eu deixou de aturar esta personagem patética e desesperada. Pela mentira constante, pela demagogia e pela aldrabice (caso do BANIF e da devolução da sobretaxa de IRS sem falar na manipulação constante das estatísticas oficiais sobretudo do desemprego). Passos Coelho na sua corrida para a reeleição, apenas para se manter no tacho no PSD e poder estar presente em reuniões europeias do PPE em busca de um tacho que ele persegue e que lhe possa ser atribuído pela direita europeia em reconhecimento pela sabujice e pela submissão canina, tem a mania de sacudir a água do capote quando as coisas se complicam ou são incómodas.
Agora, depois da merda feita com o BANIF, ele não tem culpa nenhuma, não empurrou o assunto com a barriga por temer que ele agravasse as contas públicas em 2015 e o prejudicasse nas eleições de 4 de Outubro passado, não escondeu a verdade sobre o BANIF que era que do conhecimento do anterior governo, culpa o Banco de Portugal por tudo e por nada quando foi ele (Passos) quem reconduziu o governador do banco no cargo; não houve troca de correspondência com a Comissão Europeia sobre este assunto mantida confidencial e, qual cereja no topo do bolo, quando saiu do poleiro o BANIF até dava lucro!

Um cidadão mais desatento - que existem - até desata a chorar com tantos "sacrilégios" cometidos pela nova maioria de esquerda que se apoderou do poder em circunstâncias de todos conhecidas. O BANIF vai-nos custar 3 mil milhões de euros, pode chegar aos 4 a 4,5 mil milhões de euros, mas o pessoal. leia-se os cidadãos, está-se borrifando nisso. Preocupa-se com outras tretas menores, com a intriga, com a maledicência, com os ataques pessoais nas redes sociais, com o enxovalhar de pessoas sem saber do que fala, etc. É com isto que eles se sentem realizados?
De facto o BANIF, nos primeiros nove meses de 2015, apresentou lucros de 6,2 milhões de euros, contra prejuízos de 154,9 milhões em igual período de 2014.
O que me causa estranheza é que se Passos acha que este lucro do  BANIF resolveria todos os problemas, então porque razão o seu governo, o governo de Passos e do CDS de Portas não foram bater à porta do BANIF reclamar os 750 milhões de euros que estavam em dívida desde Janeiro de 2015 e que se reportam a um empréstimo do estado de 1,1 mil milhões de euros no quadro da recapitalização da banca nacional feita também com o empréstimo da troika a Portugal que é pago por todos os portugueses? De facto, para quem devia ao estado, desde Janeiro de 2015, 750 milhões de euros, apresentar um lucro  - sabe-se lá se martelado ou não... - de 6,2 milhões de euros era a chave do problema. Deixem-me rir. E, já agora, porque razão o governo de Passos Coelho e do CDS de Portas nunca obteve informações, como lhes competia, junto dos dois administradores do estado (administradores Issuf Ahmad e Miguel Barbosa) e que se presume acompanhavam a gestão do banco e estavam ao corrente da degradação da situação? Não me gozem, não brinquem com coisas sérias.
A teoria de que em política - para além do sentimento da vingança que muitas vezes entope o discurso e retira a credibilidade a quem assim se comporta - vale tudo e que a demagogia não tem limites desde que se trate de assaltar o poder custe o que isso custar, não pode ser aceite, mesmo que Passos Coelho goste de ser assim e pareça enveredar por esse caminho nesta sua última e desesperada jogada política, aproveitando o facto do PSD nacional ser hoje uma expressão partidária da direita política nacional e de continuar refém de interesses, alguns deles obscuros (o mundo dos negócios atrai mais do que a porcaria atrai as ratazanas...), e manietado por uma corja de bandalhos oportunistas que se apoderaram do partido num assalto perpetrado em 2010. O mesmo desespero e contradição se passa com a TAP como explicarei noutro comentário (LFM)

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