sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Alberto João Jardim com polémica entrevista ao Jornal I: "Votei sempre PSD menos nas últimas eleições legislativas"


Alberto João Jardim diz que a actual solução governativa é “perfeitamente legítima” e, se "rebentar", será "por causa do Bloco de Esquerda". Alberto João Jardim admite que não votou no PSD nas últimas eleições, uma decisão que, afirma, muito lhe “custou”.
“Votei sempre no PSD menos nas últimas eleições legislativas, mas não votei noutro partido. Primeiro, porque era contra a continuidade do senhor Passos Coelho como primeiro-ministro e em segundo lugar porque na lista do Funchal estavam pessoas que não me pareciam idóneas”, declara Alberto João Jardim em entrevista ao jornal “i”. E acrescenta: “Mas nunca votei noutro partido e a única vez que não votei no PSD foi desta última vez e bem me custou”. Questionado sobre o seu sentido de voto enquanto Passos Coelho continuar no PSD, Jardim diz que dependerá das alternativas. “Se aparecer uma alternativa ainda mais desastrosa que o Passos Coelho eu tenho que votar nele por patriotismo”, indica.
O ex-líder do PSD/Madeira também entende que “o PSD não tem hipóteses no futuro com o Passos Coelho”. “Nem com o Passos Coelho, nem com a sua corte”, frisa.
Já sobre a actual solução governativa, que conta com o apoio do PCP e Bloco de Esquerda, Jardim diz que esta é “perfeitamente legítima” e surgiu “porque o governo do senhor Passos Coelho não teve sensibilidade social e causou repúdio nas pessoas”.
“A culpa de hoje haver um governo socialista minoritário com o apoio dos partidos radicais de esquerda é da governação do senhor Passos Coelho. Eles não querem ver isso e vão recandidatar outra vez o senhor Passos Coelho, mas vão levar outro banho porque ninguém lhe vai dar uma maioria absoluta”, afirma.
Por outro lado, se o governo de António Costa “rebentar”, será “por causa do Bloco de Esquerda”, continua o ex-líder do PSD/Madeira, acrescentando que “são meio avariados”.
Questionado sobre quando é que começou a pensar deixar a política ou a liderança do PSD, Jardim apontou novamente o dedo a Passos Coelho: “Eu comecei a sentir resistência à minha continuidade à frente do PSD desde que o Passos Coelho assumiu a presidência do PSD”. “Juntamente com esses esforços houve também pressões das sociedades secretas”, acrescentou Alberto João Jardim, indicando que estas “nunca toleraram a denúncia” de “determinados comportamentos” (Económico)

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