Não acreditem em histórias tontas sobre o referendo na Grécia. A Europa vai chegar a acordo com Atenas. As negociações vai ter um novo rumo, quiçá uma nova metodologia. É tudo uma questão de tempo. Os credores precisam de receber o dinheiro que ali meteram e politicamente a Europa não tem condições para enfrentar uma crise de consequências políticas, económicas, sociais e financeiras imprevisíveis. As declarações e pressões surgidas depois do triunfo do "Não" no referendo de domingo são foguetes para distrair a populaça. A Europa precisa de um acordo, quer um acordo, mas não quer que esse acordo seja obtido aparentemente por pressão da Grécia, porque isso abriria precedentes graves com outros países - alguns deles com eleições este ano que podem dar um novo rumo a tudo isto. Basicamente a Europa não quer mostrar fragilidade neste processo negocial nem tolera que o acordo que vai ser obtido - é tudo uma questão de tempo - possa ser entendido como uma vitória - que de facto será - da Grécia. Ou será que alguém acredita que Tsipras aceita a demissão do seu ministro das finanças, sem duvida a estrela mediática deste governo do Syriza e o pesadelo dos credores, da troika e de Bruxelas, sem que tenha a garantia de que isso, independentemente de custos políticos e pessoais para Tsipras, representará contra partidas para a Grécia?
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