sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Menos de metade das empresas conseguem negociar dívidas fora dos tribunais

Ao fim de quase dois anos e meio e prestes a sofrer uma remodelação, o balanço do mecanismo que o Governo criou para que devedores e credores chegassem a acordo fora dos tribunais mostra que foram poucas as empresas que viram neste caminho uma saída para as dificuldades. Mais, revela que menos de metade foi bem-sucedida a negociar as dívidas. Agora, com a revisão marcada para Março, a expectativa é que aumente não só o número de adesões, como de casos de recuperação de negócios viáveis, mas financeiramente debilitados. Dados cedidos ao PÚBLICO pelo Ministério da Economia mostram que desde que o Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (Sireve) foi criado, em Setembro de 2012, apenas 470 empresas recorreram a este mecanismo – uma alternativa à insolvência, mediada pela Agência para a Competitividade e Inovação (Iapmei), que veio substituir um instrumento que também sempre teve pouca procura, o Procedimento Extrajudicial de Conciliação (PEC). E, do quase meio milhar de empresas que recorreu ao Sireve, nem todas saíram vitoriosas. Para já, porque quase 14% dos pedidos foram recusados (e outros 3,2% estão ainda em análise). Mas, sobretudo, porque menos de metade conseguiu chegar a acordo com os credores para negociar as dívidas e recuperar a actividade (fonte: Público, reportagem, da jornalista Raquel Almeida Correia)