Segundo o Observador, “a candidata escolhida pelo Partido
Social-Democrata polaco para as presidenciais que se realizam a 10 de maio de
2015 está a agitar o panorama mediático e político daquele país de leste.
Magdalena Ogorek tem 35 anos e, antes de ser a esperança presidencial dos
sociais-democratas polacos – que lideraram o país há dez anos, mas foram-se
tornando cada vez menos relevantes desde então – foi apresentadora de televisão
e consultora de comunicação do Banco Central da Polónia. O seu apelido, – que
significa ‘pepino’ – a sua aparência e a pouca experiência política têm sido
alvo de críticas e gozo nos meios de comunicação polacos e já lhe valeram um
perfil na revista Playboy, como escreve o Financial Times. Segundo o mesmo
jornal, a candidatura de Magdalena Ogorek está, na verdade, a agitar o debate
em torno do futuro do Sojusz Lewicy Demokratycznej (SLD), o Partido
Social-Democrata, que espera conseguir ganhar um novo fôlego depois de uma
série de falhanços políticos. Mesmo que seja improvável que Ogorek vença as
eleições do dia 10 de maio, uma vez que Bronislaw Komorowski, que se
recandidata, lidera as intenções de voto. Espera-se que Magdalena Ogorek
conquiste o terceiro lugar, com 8 ou 10% dos votos. A Polónia é um país tido
como conservador e com um forte patriotismo e a direita tem dominado a cena
política na última década. Em 2004, o SLD conseguiu eleger um presidente e um
primeiro-ministro. Quatro anos antes, o líder dos sociais-democratas,
Aleksander Kwaśniewski, foi eleito presidente na primeira-volta, um feito
inédito na histórica democrática do país. Como lembra o FT, um escândalo de
corrupção e a demissão do primeiro-ministro devido a suspeitas de ligações aos
serviços secretos russos fizeram com que a imagem do partido entrasse em
declínio junto da opinião pública: perdendo 30% dos votos entre 2001 e 2005. O
jornal escreve que a candidatura de Magdalena Ogorek está a apelar à
participação dos eleitores mais jovens e Ogorek tem sido descrita como um
“símbolo da mudança, da abertura da política polaca a uma geração mais jovem e
europeia”, nas palavras do líder do SLD, Leszek Miller. Segundo o FT, o exemplo
desta candidata levou outros partidos mais pequenos a optarem por candidatos
mais jovens”