Li no Público que "não foi um caso inédito, mas o que surpreende na não-eleição do deputado social-democrata Pedro Alves para vice-secretário da mesa da Assembleia da República é o facto de nem os deputados da maioria terem votado todos nele. E por se tratar de um cargo em que os candidatos costumam ser quase sempre eleitos. A eleição decorreu na sexta-feira, dia da votação global do Orçamento. Apesar dos apelos da presidente da Assembleia, dos 230 deputados apenas 161 foram votar. Pedro Alves recebeu 106 votos sim, 38 brancos e 17 nulos. Abaixo dos 116 exigidos pelo regimento e, por isso, chumbado. Dos 132 deputados da maioria faltaram dois e foram votar 117, como contou ao PÚBLICO o secretário da mesa Duarte Pacheco (PSD), isso significa que alguns terão votado contra. "Quando se trata de uma eleição individual não é a primeira vez que acontece o candidato falhar", conta Duarte Pacheco, porque os outros partidos "não se sentem tanto na obrigação de votar". Quando, no início da legislatura, se trata de eleger toda a mesa (um presidente, quatro vice-presidentes, quatro secretários e outros tantos vice), não costuma haver chumbos, diz. Pedro Alves deveria ocupar o lugar deixado vago pelo também social-democrata Paulo Baptista Santos, eleito presidente da Câmara da Batalha. Os outros vice-secretários são Maria Paula Cardoso (PSD), Jorge Fão (PS) e Raul de Almeida (CDS-PP). O PÚBLICO contactou o deputado Pedro Alves, que não respondeu. E o presidente do grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro, para saber se tenciona insistir no nome, mas também não obteve resposta. Nova votação deve ser dia 22"