segunda-feira, julho 29, 2013

FMI troca chefe de missão a Portugal por líder da missão alemã

Li no Dinheiro Vivo que o chefe de missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal, Abebe Selassie, será substituído por Subir Lall, atualmente responsável pela missão do Fundo em dois dos países mais avançados da Europa, Alemanha e Holanda. Será o terceiro chefe de missão da instituição em Portugal desde que começou o programa de ajustamento (em maio de 2011). Segundo informa hoje o FMI, o etíope Abebe Selassie será promovido a diretor adjunto do departamento africano. Atualmente, era diretor assistente do departamento europeu. Selassie, que sucedeu em Fevereiro do ano passado ao dinamarquês Poul Thomsen (que foi liderar a missão na Grécia), será substituído por Lall. "Subir Lall, diretor assistente do departamento europeu do FMI e atualmente chefe de missão para a Alemanha e Holanda, foi apontado como chefe de missão para Portugal"."O senhor Lall, de nacionalidade indiana, tem uma vasta experiência no FMI e nas economias avançadas e emergentes, incluíndo Coreia, Malásia, Roménia, Rússia e Filipinas, bem como a liderança da equipa que produz as Pespertivas Económicas Mundiais [World Economic Outlook, a publicação semestral do Fundo que traz as previsões para todos os países]", refere o FMI. Lall "tem um doutoramento em Economia pela Universidade Brown e assumirá a sua nova responsabilidade em meados de setembro".
Portanto, a finalização da oitava e nona avaliações ao programa português já passará pelo novo chefe de missão, uma vez que o exame conjunto arranca no início de setembro. Abebe Selassie "irá assumir novas responsabilidade como diretor adjunto no departamento africano", explica a mesma fonte. Em junho, e analisando as perspectivas para a economia portuguesa, Selassie admitia que não eram muito animadoras. "No médio a longo prazo as projeções apontam para cerca de 2% o que é um número conservador, tendo em contas as reformas realizadas", disse o economista na conferência de imprensa da sétima avaliação. "Não é um número muito ambicioso tendo em conta o histórico da economia, que entre 1999 e 2007 cresceu cerca de 1,7%", reparou na altura Abebe Selassie. Sobre o foco do programa do FMI, a resposta foi inequívoca - "emprego, empregos e empregos" - mesmo sem avançar com medidas concretas. "É preciso confiar nos estabilizadores automáticos" e esperar que as reformas resultem, garantiu. Em 2013, o desemprego poderá atingir os 19%, apesar da insistência do fundo na flexibilização do mercado laboral e na manutenção da estratégia de cortes na despesa social.