quinta-feira, outubro 18, 2012

Otelo diz que está latente uma nova revolução que pode não ser pacífica!

Li no site da SIC que "Otelo Saraiva de Carvalho defende que poderá existir em Portugal uma explosão social. O capitão de abril diz que está latente a necessidade de uma nova revolução, mas avisa que desta vez poderá não ser pacífica.Otelo avisa que uma revolução está latente e não irá ser pacífica como o 25 de abril. Otelo Saraiva de Carvalho acha que o Governo está a violar a Constituição, de que as Forças Armadas são "guardiãs", e avisa que uma revolução "está latente" e não deverá ser pacífica como o 25 de abril.No dia em que militares se reúnem para discutir a situação atual e as suas repercussões nas Forças Armadas, o célebre "capitão de Abril" diz que é diariamente confrontado com "anónimos" que o convidam a fazer uma nova revolução, "agora sem cravos". Esta ideia de uma nova revolução "está latente", disse Otelo. "É preciso uma nova revolução, há essa tendência de que é preciso modular isto tudo de novo, mas ninguém pensa que a evolução para essa revolução possa ser pacífica. Esse é o grande temor que existe", afirmou. Um ano depois de ter afirmado, em entrevista à agência Lusa, de que, ultrapassados os limites, os militares deviam fazer um golpe de Estado e derrubar o governo, tendo por isso sido alvo de uma queixa no Ministério Público, entretanto arquivada, o militar não tem dúvidas: "Os limites foram ultrapassados".Otelo pensa que uma nova revolução não deverá ser tão pacífica como a do 25 de abril, porque "agora estão exacerbados os ódios que se foram acumulando"."Quando se abre uma esperança enorme para o povo e o povo acredita que vai a caminho de algo que nunca tinha tido, e quando há uma regressão para níveis insustentáveis, de pobreza, de regresso a situações anteriores...", comentou. O militar diz que tem acompanhado as manifestações populares em Portugal "com bastante emoção e um crescendo de ansiedade para ver onde vai desaguar esta enorme corrente de descontentamento que hoje grassa" em Portugal. "Finalmente, o nosso povo submisso e de brandos costumes está a acordar para uma realidade que é pungente e que está a ser avassaladora num país que abriu uma esperança enorme com o 25 de abril e que agora se vê, menos de 40 anos depois, num estado em que a pobreza aumentou 80 por cento em 20 anos, em que a classe média está a regredir e a passar a níveis de pobreza que eram impensáveis até há pouco tempo", disse. Questionado sobre o papel das Forças Armadas perante a realidade, Otelo lembra que estas são "as guardiãs da Constituição da República"."O que disse (em entrevista à agência Lusa, em novembro de 2011) e repito é que é dever patriótico das Forças Armadas - quando a Constituição da República, de que são guardiãs, está a ser ultrapassada e violada sistematicamente por quem governa - organizar, preparar uma ação militar e derrubar o governo", afirmou. Sobre as consequências deste ato, Otelo considera que tais são para "ver depois" e acusa: "Este Governo não serve os interesses do povo. Viola a Constituição de que as Forças Armadas são guardiãs". Otelo reconhece que as Forças Armadas estão hoje "muito diferentes" do que as que existiam quando estava no ativo. "Não vejo que o Exército tenha neste momento capacidade de conseguir fazer alguma coisa por este povo". Questionado sobre o que sente perante a crise que o pais atravessa, Otel disse sentir um "desgosto enorme". Apesar de não saber o que pode fazer para ajudar a mudar as coisas, o "capitão de Abril" avança: "Se eu tivesse menos 30 anos...". "Tal como lhe disse em novembro do ano passado, com 800 homens eu fazia uma operação militar e mudava o regime. Mais do que mudar o governo, é preciso mudar o regime", sublinhou à Lusa".
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