Escreve o Publico que “Miguel Relvas questionado nesta terça-feira várias vezes sobre o estado da saúde da coligação governamental PSD/CDS recusou-se a responder. À saída da reunião entre os grupos parlamentares do CDS, do PSD e o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, os jornalistas perguntaram várias vezes ao ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares se estava tudo bem com a coligação, Relvas nunca disse “sim” nem “não”. O ministro afirmou que estavam ao seu lado os líderes parlamentares do PSD, Luís Montenegro, e do CDS-PP, Nuno Magalhães, mas nunca respondeu directamente aos jornalistas. Relvas afirmou que “há espaço” para poder olhar ainda “para mais cortes na despesa. “Essa tem sido a nossa principal preocupação, sabendo nós que em Portugal o corte da despesa significa sempre facilidade no discurso e muitas dificuldades na sua execução. Mas o Governo ainda vai continuar com esse caminho”, afirmou o ministro. Confrontado com as críticas públicas que alguns deputados do CDS tinham feito ao Orçamento do Estado, nomeadamente o porta-voz e vice-presidente do partido, João Almeida, Relvas limitou-se a dizer que há liberdade de opinião. “Qualquer orçamento tem margem para ser alterado no Parlamento. Negá-lo é negar o fundamento do parlamentarismo e do sistema democrático”, escreveu João Almeida no Facebook na noite de segunda-feira. João Almeida é porta-voz do CDS-PP, vice-presidente da bancada parlamentar e integra a comissão de Orçamento e Finanças, tal como Adolfo Mesquita Nunes, que tem ainda assento na comissão de acompanhamento da troika. “Não esperem de mim que aceite que este Orçamento do Estado é, tal como está, inalterável. E terei oportunidade de o dizer directamente ao ministro das Finanças”, escreveu, por sua vez, o deputado centrista Adolfo Mesquita Nunes na sua página do Facebook. Segundo o Expresso Paulo Portas chamou na noite de segunda-feira, ao Largo do Caldas, a direcção do CDS, para uma reunião de emergência sobre o Orçamento do Estado e o futuro da coligação. No encontro, foram abertamente discutidas todas as saídas possíveis para a actual crise na coligação, agravada pela conferência de imprensa de Vítor Gaspar sobre o Orçamento do Estado de 2013. O CDS, ainda ainda segundo o Expresso, estará contra a proposta de Orçamento e um dos cenários mais debatidos na reunião terá sido a ruptura da coligação”