Escreve o jornalista do Correio da Manhã, António Sérgio Azenha, que o “ministro das Finanças está a esconder os salários dos gestores da nova Agência de Ges-tão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, para a qual o Governo criou um regime remuneratório de excepção. Os salários de João Moreira Rato, presidente do IGCP - veio do Morgan Stanley -, e de Cristina Casalinho, vogal do IGCP, - era economista-chefe do BPI - são muito superiores ao do primeiro-ministro, segundo apurou o CM, mas o ministério de Vítor Gaspar não esclarece a situação. Na última quinta-feira, um mês depois de terem sido enviadas as primeiras perguntas ao Ministério das Finanças, o CM voltou a confrontar o ministério com a remuneração anual de quase 300 mil euros que João Moreira Rato receberá como presidente do IGCP, mas a tutela não respondeu. Os sinais de incómodo do Governo com os ordenados dos gestores do IGCP são visíveis na recusa de Passos Coelho em responder a um requerimento do PS sobre esse assunto. "Fizemos um requerimento ao primeiro-ministro sobre o regime remuneratório de excepção no IGCP. O primeiro-ministro devolveu-o à Assembleia da República, dizendo que a responsabilidade não era dele, mas do ministro das Finanças", explicou Carlos Zorrinho, líder parlamentar do PS.n Na sequência da posição do primeiro-ministro, o PS fez um requerimento ao ministro das Finanças sobre o mesmo assun-to. Vítor Gaspar não respondeu. Na base do regime de excepção no IGCP está a sua conversão em empresa pública. Com esta mudança, os seus gestores podem optar pelo salário médio dos últimos três anos. E o ordenado é fixado por despacho do ministro das Finanças”
