
Confusos? É normal. Ainda mais quando, em muitas modalidades, existem no Reino Unido quatro federações desportivas autónomas que fazem alinhar selecções próprias em competições internacionais - o futebol e o râguebi são os melhores exemplos. Para o torneio olímpico organizou-se uma selecção conjunta de futebol, afinal à imagem do que acontece noutras modalidades. Mas há quem continue a olhar para as partes e não para o todo. Quando Chris Bartley conquistou a medalha de prata no remo, incluído numa equipa que integrava, ainda, Rob Williams, Richard Chambers e Peter Chambers, muitas notícias destacavam o facto de se tratar da primeira medalha do País de Gales nos Jogos de Londres...
Há 30 atletas galeses a competir sob a bandeira do Reino Unido, um recorde. Escoceses, são 55, segundo o Sport Scotland Institute of Sport. Poderão as suas proezas desportivas ajudar a causa independentista? Ou antes pelo contrário? Após o triunfo sobre o suíço Roger Federer na final olímpica de singulares masculinos, o tenista escocês Andy Murray cantou o God Save the Queen enrolado na Union Jack - a bandeira que, já agora, junta as cruzes escocesa, inglesa e norte-irlandesa num único estandarte, deixando Gales de fora. Por seu turno, o nome da equipa nacional "esqueceu" a Irlanda do Norte. Podia ser Team UK, mas não é. Durante algum tempo chamou-se Great Britain & Northern Ireland. Demasiado complicado. O marketing ditou a mudança para Team GB. Mas a BBC, por exemplo, não abdica da designação politicamente correcta: a equipa da "Grã-Bretanha e Irlanda do Norte" segue na terceira posição do quadro de medalhas" (texto do jornalista do Publico, Luís Francisco, com a devida vénia)
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