CGD passa de lucros a prejuízos de 12,7 milhões de euros, no primeiro semestre
Li no site da SIC qaue "a Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve prejuízos de 12,7 milhões de euros no primeiro semestre, que compara com lucros de 91,4 milhões de euros em igual período do ano passado. O banco público junta-se assim ao BCP ao apresentar prejuízos entre janeiro e junho. A CGD destaca para este resultado negativo a necessidade de ter contabilizado 728,9 milhões de euros para provisões e imparidades. Destes, a maior parte (483,3 milhões de euros) foram para imparidades de crédito, sendo a CGD um banco com tradição nos empréstimos à habitação e construção e imobiliário. Os restantes 245,6 milhões foram para provisões e imparidades de outros ativos líquidos. O resultado bruto de exploração foi de 792,4 milhões de euros, mais 24,8 por cento do que há um ano, um aumento que o banco atribui ao produto da atividade bancária e seguradora, que cresceu 8,4 por cento para 1.619 milhões de euros, e uma queda de 3,7 por cento nos custos operativos para 826,7 milhões de euros. A margem financeira caiu 10 por cento para 719,7 milhões de euros, refletindo também a tendência descendente das taxas de juro. O ativo líquido do grupo CGD ficou em 117,7 mil milhões de euros no fim junho, abaixo 4,9 por cento do mesmo mês de 2011. Os depósitos a clientes ascenderam a 64,4 mil milhões de euros (mais 0,2 por cento do que em junho de que em 2011). Os depósitos dos particulares em Portugal situaram-se em 44,2 mil milhões, mais 5,7 por cento do que o saldo do primeiro semestre de 2011. Já o crédito a clientes (em termos brutos) caiu 4,6 por cento para 81,4 mil milhões de euros. A CGD diz, no entanto, que em Portugal o crédito a empresas aumentou 33 milhões de euros no primeiro semestre, ao contrário do crédito a particulares, que caiu. O rácio de crédito vencido a mais de 90 dias aumentou 4,6 por cento e o grau de cobertura de crédito diminuiu para 103,3 por cento. Já o rácio de crédito em risco aumentou para 8,7 por cento em junho. Quanto ao rácio de transformação de depósitos em crédito, este fixou-se nos 120,4 por cento, em linha com a meta exigida pelo Banco de Portugal até 2014. A exposição da CGD junto do Banco Central Europeu (BCE) situa-se em 9 mil milhões de euros, próximo do valor de dezembro, tendo ainda o banco público 14 mil milhões de euros de ativos ilegíveis. Por fim, o rácio 'core tier 1', a medida que avalia de forma mais eficaz a solvabilidade de um banco, ficou no fim de junho nos 9,6 por cento de acordo as regras da Autoridade Bancária Europeia e nos 11,5 por cento, segundo as exigências do Banco de Portugal, cumprindo assim as metas mínimas exigidas por ambos os reguladores. Olhando apenas para a atividade internacional da CGD, o banco teve resultados negativos de cerca de 12 milhões de euros. O grande contributo negativo foi de Espanha, com prejuízos de 67,7 milhões de euros na Caixa Espanha, na sucursal e imobiliária no país. Sem o efeito de Espanha, o banco teve resultados positivos de 55,6 milhões de euros. O banco destaca Macau, França e Moçambique como fundamentais na atividade internacional"
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