quarta-feira, maio 30, 2012

Sondagens e dúvidas

Comentários sobre a sondagem, ressalvando a reafirmação do que é a minha postura - desde sempre - relativamente a sondagens, um instrumento de trabalho normal e que não pode ser valorizado só quando convém ou desvalorizado porque os resultados não vão ao encontro das expectativas:
- Qual a distribuição por concelhos do universo de entrevistados? A Eurosondagem diz na ficha técnica que a sondagem realizada a 24 e 25 de Maio por entrevistas telefónicas (fixos) envolveu 717 respostas validadas tendo-se registado 179 recusas;
- Qual o peso do concelho do Funchal no universo dos entrevistados? Sabe-se apenas que foram ouvidas pessoas com 18 a 30 anos (16,9%), de 31 a 59 anos (48,3%) e com 60 ou mais anos (34,8%);
- Não há verdades absolutas nestes trabalhos. São ou não factuais os erros na última sondagem que esta mesma empresa divulgou (6 de Outubro) antes das eleições regionais de 9 de Outubro de 2011?
- Eticamente é correcto que as empresas que realizam as sondagens sejam elas a comentá-las nos jornais ou nas televisões numa promiscuidade que devia ser proibida?
- Considerando os resultados brutos da sondagem - não as projecções apuradas em função da distribuição aleatória da percentagem dos que disseram que não sabiam em quem votar - é ou não factual que não há uma viragem do eleitorado para a esquerda, mas sim para a direita, já que o CDS consegue manter, mesmo descendo comparativamente a Outubro de 2011, os seus resultados?
Recordo que esta sondagem do DN do Funchal foi realizada junto de 51,5% de eleitoras e 48,5% de eleitores do sexo masculino. O erro é de 3,65. Uma das constatações é que existe uma quase correlação efectiva entre os resultados da sondagem e os resultados das eleições regionais de Outubro do ano passado no Funchal.

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