quinta-feira, março 27, 2008

Conversas da treta

O deputado socialista, mas independente, CP insiste em disparar em todas as direcções, e de uma forma muito peculiar, sempre que se trate de contestar opiniões de pessoas ligadas ao PSD, pelo simples facto de defenderem livre e legitimamente e digam coisas diferentes das que ele diz. Garanto que a mim isso não me incomoda. Mas não me calo. A única coisa que eu sei do deputado CP é que concorreu às eleições para a Câmara do Funchal e perdeu-as. Mas esse problema não me diz respeito. Nem que ainda hoje digam no seio do PS, que terá sido por causa disso que apareceu, mesmo como “independente” numa posição privilegiada na lista de candidatos às regionais de Maio do ano passado, que lhe valeu ter sido eleito directamente deputado, ao contrário, por exemplo, do que se passou o actual líder do PS, do seu secretário-geral e do líder parlamentar, que foram entrando por substituição ou por causa de uma renuncia. Sem dúvida uma situação caricata e sui generis, sobretudo se se verificarem regressos em 2009!
No seu blogue e na sequência de um meu comentário – que já recordo – CP escreveu isto: ”(…) como se explicam as dúvidas ou os medos (conforme o caso) que o Presidente do nosso país, garante da unidade nacional, seja convidado para ir a ALRAM discursar e ouvir os diferentes partidos? os indefectíveis do regime já olham para esta hipótese como uma ameaça, não como uma oportunidade de celebrar a democracia na casa da autonomia. Há até uns, com destaque para LFM, que na busca de argumentos não hesitam em encontrar num qualquer baú de recordações explicações frágeis e com sentido manipulador. Há coisas fantásticas não há?”. Resolveu ”pegar” comigo por causa do que eu escrevi – e que mantenho goste ou não o deputado CP – sobre a pretensa polémica em torno do programa de Cavaco Silva, assunto para o qual me estou borrifando por completo. O que eu disse é claro e corresponde à verdade. Se são baús de recordações o problema é apenas do sr. Deputado, talvez por ter chegado muito tarde ao parlamento, e os terá ainda vazios. Ou porventura porque quer que só o seu baú de recordações valha e seja verdadeiro. Manipulador, eu? Onde e como? Porventura essa manipulação não existirá noutras bandas, quiça associada a uma obsessão quase doentia subjacente a alguns comentários feitos? Eu recordo que escrevi que mantenho: "(...) O que é que está em causa? Duas questões apenas: ou a realização de uma sessão solene de boas-vindas ao Presidente (não há uma efeméride em concreto como aconteceu com Sampaio), embora possam sempre argumentar que esse tipo de sessão está agendada para a Câmara do Funchal, ou a realização de audiências com todos os partidos com representação parlamentar a exemplo do que já aconteceu, segundo me recordo, com Mário Soares. O resto é assunto que não diz respeito à oposição. Portanto, e para que se passe a falar das coisas tal como elas são, a pretensa polémica em torno do programa não passa apenas da tentativa (da oposição) de sensibilizar Belém a optar por uma daquelas duas hipóteses (...)".
Insisto, o que é que tem o PSD ou a oposição a ver com o programa oficial da visita do Presidente, e sobretudo o deputado CP que se envolveu noutros apoios também derrotados em Janeiro de 2006? Onde é que onde que eu manipulei e o que é que manipulei? Acha mesmo o deputado CP, que eu tenho algum problema que Cavaco Silva faça o que entender na Madeira, ou que me incomodo se ele incluir no seu roteiro a Assembleia Legislativa e convidar a oposiçã
o toda a ir a Belém? Acha que isso me incomoda minimamente? Pois desiluda-se. E deixe-se de coisas.

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