domingo, novembro 02, 2025

Até este ano: Nunca mudaram de cor política...

Há 24 autarquias (8% do total) que desde 1976 (ou desde a sua criação posterior) nunca mudaram de cor política. O PS lidera nove câmaras municipais há 49 anos. O PSD iguala o mesmo número, com nove autarquias fiéis, todas acima do Rio Tejo e na Madeira. Seis concelhos abaixo do Tejo têm gestão comunista desde 1976. Mais de um terço destas autarquias são pequenas, com menos de 10.000 habitantes. Destacam-se, no entanto, três municípios que têm mais de 100 mil habitantes, Odivelas (PS), Santa Maria da Feira (PSD) e Seixal (CDU), e três com mais de 50 mil habitantes, Torres Vedras (PS), Palmela (CDU) e Portimão (PS). Apesar da lei de limitação de mandatos aprovada em 2005, os eleitores mantiveram-se fiéis nestes municípios aos respetivos partidos ao longo de 13 eleições autárquicas. Em 2021, houve sete câmaras que mudaram de cor após 45 anos.

A freguesia de Balasar, na Póvoa de Varzim, é um caso curioso de fidelidade no poder local. Além de nunca ter mudado de partido (foi sempre liderada pelo PSD), também nunca mudou de família. Armindo Araújo presidiu à autarquia entre 1976 e 1993. Sucedeu-lhe Lino Araújo, o seu filho mais velho, que liderou a câmara até 2009, ano em que faleceu devido a doença. O seu irmão, José Araújo, foi forçado a assumir a presidência, uma vez que era o número dois da lista. Desde aí manteve-se como Presidente da Junta de Freguesia de Balasar (Mais Liberdade, Mais Factos)

Os 40 mil AL que são fantasmas...

fonte: Expresso

40 mil alojamentos locais estão em risco de serem cancelados até ao final do ano

Falha na entrega do seguro de responsabilidade civil vai levar ao cancelamento de um terço do AL. Em Lisboa, cerca sete mil estabelecimentos irão perder a licença já em novembro. Um terço dos alojamentos locais (AL) do país estão em risco de serem cancelados até ao final do ano por não terem apresentado o comprovativo do seguro de responsabilidade civil e são já dezenas as câmaras municipais que estão a contactar os proprietários para avançar com a ordem de cancelamento. Do universo total dos 126 mil AL inscritos no Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local (RNAL), 70 mil submeteram, até agora, esta prova de vida. “Há 40 mil AL que se arriscam a perder a licença e alguns a curto prazo, porque já foram notificados. Ainda faltam 50 mil submeterem o seguro, mas, no fim, serão cerca de 40 mil os alojamentos cancelados Outros ainda podem ter hipótese de reverter a situação”, avança ao DN o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda.

A entrega do documento, recorde-se, é obrigatória para garantir a legalidade da atividade e em caso de incumprimento o registo da unidade poderá ser cancelado, conforme definido na última revisão legislativa em outubro do ano passado. O processo de submissão dos seguros no portal gov.pt arrancou em março. Caso os proprietários não façam a submissão, as câmaras municipais avançam com um aviso de cancelamento, dando um período de 10 dias para a apresentação do seguro. Findo este prazo, as autarquias procedem com uma ordem de cancelamento definitivo.

Portugal onde a construção continua muito abaixo da média europeia

A construção está a aumentar, mas os preços das casas continuam a subir? Não é a lei da oferta e da procura que está a falhar. A construção continua bastante escassa e muito abaixo da média europeia, enquanto a pressão na procura aumenta nos grandes centros urbanos. Entre 2019 e 2024, o número de habitações construídas em Portugal aumentou 95%, mas os preços das casas subiram 62% no mesmo período. Estes dados têm sido usados para argumentar que “construir mais não resolve o problema da habitação”.

Esta leitura ignora a realidade económica fundamental e a lei da oferta e da procura. Mesmo com o aumento recente da construção, a oferta continua muito aquém da procura real, que tem crescido com o aumento da imigração, da formação de novas famílias — muitas delas monoparentais — e da concentração populacional nas grandes áreas urbanas. Por outro lado, apesar da oferta ter aumentado nos últimos cinco anos, isso não significa que se esteja a construir o suficiente. Entre 2015 e 2024, foram construídas, em média anualmente, cerca de 15 mil casas, menos 83% do que se verificou antes da crise financeira global (88 mil habitações entre 1995 e 2007). Ou seja, mesmo “construindo mais”, o país ainda está muito longe dos níveis históricos necessários para equilibrar o mercado.

No contexto europeu, Portugal continua entre os países que menos constroem: desde 2019, foi o 6.º estado-membro com menos licenças de construção por 100 mil habitações, cerca de 30% abaixo da média da União Europeia. Em Portugal, o verdadeiro problema não é “construir demais”, mas sim construir pouco, devagar e de forma cara. A solução passa por acelerar o licenciamento, reduzir custos burocráticos, libertar solo urbano e permitir uma maior densidade construtiva onde há procura. Construir mais — e sobretudo, construir o suficiente — continua a ser a condição essencial para trava a escalada dos preços da habitação (Mais Liberdade, Mais Factos)

O sistema fiscal português

De acordo com o estudo da Tax Foundation, Índice de Competitividade Fiscal 2025, divulgado em Portugal pelo Instituto +Liberdade, o sistema fiscal português foi o que melhorou mais entre os países da OCDE desde a edição do ano transato. Face ao país líder do índice (a Estónia, que representa a pontuação 100), a pontuação portuguesa foi a que mais subiu entre os 38 países da OCDE analisados. Para além disso, Portugal subiu duas posições face ao ranking de 2024, ultrapassando a 🇪🇸 Espanha e a 🇵🇱 Polónia.

A melhoria foi mais notória na categoria “rendimentos singulares”. Nessa categoria, Portugal subiu cinco posições (de 26.º para 21.º), sobretudo devido ao facto de ter baixado a taxa de imposto sobre mais-valias de longo-prazo de 28% para 19,6%. A descida das taxas de IRS também terá certamente contribuído para a melhoria da classificação do sistema fiscal português nesta categoria. No âmbito das empresas, o relatório destaca também a redução da taxa máxima de imposto sobre as sociedades de 31,5% para 30,5%. Para 2025, Portugal também tornou a sua dedução de juros nocionais mais generosa, um incentivo fiscal para empresas que permite uma dedução sobre o património líquido. No entanto, Portugal continua na cauda da OCDE na competitividade fiscal, sendo o 6.º pior classificado (5.º pior na Europa). Portugal está na segunda metade da tabela (ou seja, entre os menos competitivos) nas 5 áreas analisadas: impostos sobre as empresas, sobre os rendimentos singulares, sobre o consumo, sobre a propriedade e tributação internacional. Polónia, Eslováquia e França foram os países com pior progressão ao longo do último ano (Mais Liberdade, Mais Factos)

Portugal no fundo da tabela do investimento na União Europeia

Portugal no fundo da tabela do investimento na União Europeia. Entre 2014 e 2024, Portugal registou uma das mais baixas taxas médias anuais de investimento da União Europeia — apenas 18% do PIB, ocupando o 25.º lugar entre os 27 estados-membros da UE. O investimento público nacional foi particularmente reduzido, com uma média anual de 2,2% do PIB, o que coloca Portugal na 26.ª posição da UE, à frente apenas do Luxemburgo. Já o investimento privado foi bastante superior, representando 16% do PIB, mas ainda assim pouco melhor classificado entre os 27 estados-membros da UE, ficando em 21.º lugar. Em contraste, países como a Irlanda, a Estónia e a Chéquia lideram o ranking europeu, com níveis de investimento total acima de 25% do PIB. Estes dados revelam uma década marcada por fraco dinamismo económico e subinvestimento estrutural, tanto público como privado, o que limita o crescimento e a competitividade da economia portuguesa (Mais Liberdade, Mais Factos)

Sistema fiscal português continua na cauda da OCDE na competitividade fiscal

De acordo com o estudo da Tax Foundation, divulgado em Portugal pelo Instituto +Liberdade, o sistema fiscal português continua na cauda da OCDE na competitividade fiscal, apesar de algumas melhorias. Portugal está na segunda metade da tabela (ou seja, entre os menos competitivos) nas 5 áreas analisadas: impostos sobre as empresas, sobre os rendimentos individuais, sobre o consumo, sobre a propriedade e tributação internacional. Portugal sobe duas posições face ao ano anterior, mas é o 6.º pior classificado entre os 38 países da OCDE. No caso das empresas, apesar de Portugal ter reduzido a sua taxa máxima de imposto sobre as sociedades de 31,5% para 30,5%, sobe apenas uma posição, para o antepenúltimo lugar, sendo que o estudo realça a elevada carga fiscal sobre as empresas e o excesso de benefícios fiscais e complexidade. Continuamos a ter uma das taxas estatutárias máximas mais elevadas da OCDE (só atrás da Colômbia e França), que contempla 20% de IRC aplicado aos negócios residentes, ao qual somam-se a derrama municipal de 1,5% e a derrama estadual que pode atingir os 9%.

Na tributação sobre os rendimentos individuais, Portugal melhorou algumas posições, devido ao facto de ter baixado a sua taxa de imposto sobre mais-valias de longo-prazo de 28% para 19,6%, mas mantém-se na segunda metade da tabela (21.º). A elevada carga fiscal (com destaque para a elevada taxa máxima que atinge os 53% se considerarmos a taxa adicional de solidariedade) é apontada como a principal fragilidade.

Nas restantes categorias, Portugal encontra-se em 20.º na categoria Propriedade, o 21.º na categoria Consumo e o 32.º na categoria Tributação Internacional. A Estónia lidera este índice há mais de dez anos. O estudo destaca quatro características do sistema fiscal estónio: uma taxa de imposto de 20% sobre o rendimento das empresas que é aplicável apenas aos lucros distribuídos; uma taxa única de 20% no imposto sobre o rendimento individual, que não se aplica aos rendimentos de dividendos; o imposto sobre a propriedade aplica-se apenas ao valor do terreno; isenta de tributação 100% dos lucros estrangeiros obtidos por empresas nacionais, com poucas restrições (Mais Liberdade, Mais Factos)

Curiosidades: O casaco com memórias

Na primavera de 1945, quando o campo de concentração de Ravensbrück foi libertado, a neve ainda se agarrava à terra como um fantasma que se recusava a partir. Mulheres esqueléticas permaneciam em silêncio — algumas chorando, outras com o olhar vazio — sem saber se a liberdade era real ou apenas mais uma ilusão. Entre elas estava Zofia Kowalska, uma professora polonesa de Cracóvia, o corpo frágil sob um casaco mais remendo do que tecido.

Quando os soldados do Exército Vermelho a chamaram para os caminhões, Zofia hesitou. Tinha uma última coisa a buscar. Dentro do barracão, retirou seu casaco de um prego enferrujado — uma peça costurada com nomes: Helena, Marta, Lotte, Greta, Salomea. Cada remendo fora feito com fio arrancado de colchões e retalhos escondidos, cada nome representava uma alma que ela havia amado, perdido e prometido nunca esquecer.

Zofia fizera uma promessa nos dias mais sombrios:

- Se eu sobreviver, levarei todas comigo.

Aquele casaco tornou-se seu monumento silencioso, um tecido de amizade e dor. Quando lhe perguntaram por que insistia em guardar algo tão gasto, respondeu apenas:

- Porque elas não podem caminhar ao meu lado — mas eu posso carregá-las.

Anos depois, o casaco de Zofia passaria a pendurar-se em um pequeno museu em Varsóvia. Suas costuras, gastas e trêmulas, falavam mais alto que qualquer estátua — sobre resistência, memória e a obstinada recusa de deixar a humanidade desaparecer no silêncio. (fonte: Facebook, Estudos Históricos)

Barómetro: Um em cada três portugueses receia ser assaltado ou agredido


Um em cada três portugueses tem receio de ser assaltado ou agredido, o que representa um aumento de 10 pontos percentuais face a 2023, revelou o Barómetro da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Um em cada três portugueses tem receio de ser assaltado ou agredido, o que representa um aumento de 10 pontos percentuais face a 2023, revelou o Barómetro da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

O estudo relativo a 2025 apresenta a perceção de criminalidade e segurança, com base em dados recolhidos em julho junto de uma amostra de 600 pessoas, através de entrevistas telefónicas. Os dados do mais recente Barómetro da APAV indicam que 63% dos inquiridos se sente seguro no dia-a-dia e que 60% considera Portugal um país seguro ou muito seguro. “Mas a estatística tem o dom de esconder as fissuras que atravessam o verniz do quotidiano”, observaram os autores do relatório, segundo os quais a sensação de segurança “tem andado a perder terreno, ainda que de forma silenciosa”.

Metade dos adultos portugueses tem dificuldade em interpretar e compreender textos

Quase metade dos adultos portugueses (46%) tem muita dificuldade em interpretar e compreender textos, conseguindo apenas entender textos muito curtos e simples. Portugal é o segundo país da OCDE com a maior percentagem de adultos com níveis de literacia abaixo do nível básico. Apenas 54% dos portugueses entre os 25 e os 64 anos atingem o mínimo de proficiência necessário para interpretar textos com alguma complexidade. A média da OCDE é significativamente superior — 73% dos adultos alcançam pelo menos o nível básico, e apenas 27% têm grandes dificuldades. Países como o Japão, Suécia e Finlândia destacam-se com mais de 88% da população adulta a atingir o nível básico ou superior. Estes dados revelam uma fragilidade estrutural nas competências de leitura e compreensão entre os adultos portugueses, o que tem implicações diretas na produtividade, empregabilidade e participação cívica. O reforço da literacia continua a ser um dos principais desafios nacionais (Mais Liberdade, Mais Factos)

Sistema fiscal português foi o que melhorou mais entre os países da OCDE


De acordo com o estudo da Tax Foundation, Índice de Competitividade Fiscal 2025, divulgado em Portugal pelo Instituto +Liberdade, o sistema fiscal português foi o que melhorou mais entre os países da OCDE desde a edição do ano transato. Face ao país líder do índice (a Estónia, que representa a pontuação 100), a pontuação portuguesa foi a que mais subiu entre os 38 países da OCDE analisados. Para além disso, Portugal subiu duas posições face ao ranking de 2024, ultrapassando a Espanha e a Polónia. A melhoria foi mais notória na categoria “rendimentos singulares”. Nessa categoria, Portugal subiu cinco posições (de 26.º para 21.º), sobretudo devido ao facto de ter baixado a taxa de imposto sobre mais-valias de longo-prazo de 28% para 19,6%. A descida das taxas de IRS também terá certamente contribuído para a melhoria da classificação do sistema fiscal português nesta categoria. No âmbito das empresas, o relatório destaca também a redução da taxa máxima de imposto sobre as sociedades de 31,5% para 30,5%. Para 2025, Portugal também tornou a sua dedução de juros nocionais mais generosa, um incentivo fiscal para empresas que permite uma dedução sobre o património líquido. No entanto, Portugal continua na cauda da OCDE na competitividade fiscal, sendo o 6.º pior classificado (5.º pior na Europa). Portugal está na segunda metade da tabela (ou seja, entre os menos competitivos) nas 5 áreas analisadas: impostos sobre as empresas, sobre os rendimentos singulares, sobre o consumo, sobre a propriedade e tributação internacional. Polónia, Eslováquia e França foram os países com pior progressão ao longo do último ano (Mais Liberdade, Mais Factos)

Portugal no fundo da tabela do investimento na UE

Portugal no fundo da tabela do investimento na União Europeia. Entre 2014 e 2024, Portugal registou uma das mais baixas taxas médias anuais de investimento da União Europeia — apenas 18% do PIB, ocupando o 25.º lugar entre os 27 estados-membros da UE. O investimento público nacional foi particularmente reduzido, com uma média anual de 2,2% do PIB, o que coloca Portugal na 26.ª posição da UE, à frente apenas do Luxemburgo. Já o investimento privado foi bastante superior, representando 16% do PIB, mas ainda assim pouco melhor classificado entre os 27 estados-membros da UE, ficando em 21.º lugar. nEm contraste, países como a Irlanda, a Estónia e a Chéquia lideram o ranking europeu, com níveis de investimento total acima de 25% do PIB. Estes dados revelam uma década marcada por fraco dinamismo económico e subinvestimento estrutural, tanto público como privado, o que limita o crescimento e a competitividade da economia portuguesa (Mais Liberdade, Mais Factos)

Nova Zelândia, cidades seguiram caminhos diferentes no mercado da habitação

Auckland e Wellington, a 1.ª e a 3.ª maiores cidades da Nova Zelândia, seguiram caminhos diferentes no mercado da habitação — e os resultados também divergiram. Enquanto Wellington manteve políticas urbanas mais restritivas, Auckland decidiu permitir, a partir de 2016, a construção com maior densidade habitacional, incluindo edifícios mais altos e multifamiliares, facilitando o licenciamento de edifícios multiunidade. O número de novas habitações aprovadas duplicou nos anos seguintes e, como resultado, as rendas ajustadas à inflação estabilizaram. Atualmente, o valor mediano das rendas em Auckland está apenas cerca de 5% acima de 2016. Já em Wellington, onde essas políticas não foram adotadas, as rendas medianas aumentaram cerca de 25% no mesmo período. O contraste entre as duas cidades neozelandesas mostra, de forma clara, como a liberalização da construção e o aumento da oferta habitacional podem conter a escalada dos preços e melhorar a acessibilidade à habitação (Mais Liberdade, Mais Factos)

Quais são os países europeus mais seguros para andar sozinho à noite? Portugal ao nível da Alemanha, República Checa e Sérvia

Portugal destaca-se na Europa (e no mundo) pelo elevado nível de segurança que é percetível pelos cidadãos ao caminharem sozinhos à noite, segundo revelam os dados da edição de 2025 do Global Safety Report, da Gallup. Portuga destaca-se na Europa (e no mundo) pelo elevado nível de segurança que é percetível pelos cidadãos ao caminharem sozinhos à noite, segundo revelam os dados da edição de 2025 do Global Safety Report, da Gallup. De acordo com o relatório, 78% dos portugueses sentem-se seguros a andar sozinhos à noite, uma valor idêntico ao registado em países com a Argélia, República Checa, Alemanha, Irão, Ruanda ou Sérvia. Além disso, Portugal apresenta um índice de lei e ordem de 88, situando-se entre os países com maior sensação de segurança.

O relatório Gallup, que analisou a perceção de segurança de 145.170 adultos com 15 anos ou mais em 144 países e territórios, revela que a perceção global de segurança ao andar sozinho à noite é de 73%, o valor mais alto desde 2006, com um aumento de 13% na última década.

EUA avisam aliados que vão reduzir presença militar na Europa: o que está em causa?

O Governo dos Estados Unidos informou os países membros da NATO sobre a sua intenção de reduzir o seu destacamento militar na Europa a curto prazo, conforme confirmado pela própria Aliança Atlântica, após o Governo romeno ter mencionado especificamente uma possível redução no flanco leste. De acordo com um porta-voz da NATO, citado pela publicação ‘Europa Press’, a mudança na postura dos EUA em relação ao continente e, embora não tenha especificado os números dessa retirada nem quais países aliados serão afetados, explicou que Washington informou a aliança previamente e que os contactos são constantes para garantir que o bloco tenha uma capacidade “robusta” de dissuasão e defesa.

A organização militar minimizou a decisão dos EUA, salientando que “não é incomum” o Pentágono fazer ajustes na sua presença militar na Europa e enfatizando que, mesmo com a redução de tropas planeada, o contingente americano na Europa ainda será maior do que era antes de 2022. “A NATO possui planos de defesa robustos e estamos a trabalhar para garantir que mantenhamos as forças e capacidades adequadas para dissuadir possíveis agressões e garantir nossa defesa coletiva”, disse o porta-voz da NATO.

EUA tentaram recrutar piloto de Nicolás Maduro para desviar avião e entregar presidente venezuelano

Os Estados Unidos tentaram recrutar o piloto pessoal de Nicolás Maduro para desviar o avião presidencial e facilitar a captura do chefe de Estado venezuelano. Os Estados Unidos tentaram recrutar o piloto pessoal de Nicolás Maduro para desviar o avião presidencial e facilitar a captura do chefe de Estado venezuelano, segundo revelou a agência Associated Press. A operação de inteligência, conduzida pelo agente federal Edwin López, previa o pagamento de uma recompensa de 50 milhões de dólares a Bitner Villegas, o general encarregado de pilotar a aeronave do líder chavista.

De acordo com a investigação, o plano foi desenvolvido durante a administração de Joe Biden e começou a ganhar forma em abril de 2024, quando um informante alertou López sobre a presença de duas aeronaves associadas ao governo venezuelano — um Dassault Falcon 2000EX e um Dassault Falcon 900EX — em reparação na República Dominicana. As autoridades norte-americanas confiscaram os aviões em fevereiro do ano passado, alegando que estavam a ser utilizados em atividades sancionadas pelo Departamento do Tesouro.

Maduro reagiu de imediato, acusando Washington de “roubo descarado”, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Yván Gil, condenou o que descreveu como “uma prática criminosa reincidente, que não pode ser classificada de outra forma senão pirataria”. Foi nesse contexto que López, destacado na embaixada dos EUA em Santo Domingo, entrou em contacto com Villegas através de WhatsApp e Telegram, tentando convencê-lo a colaborar com a operação em troca da recompensa milionária.

Bosch Braga entra em ‘lay-off’ em novembro com 2.500 trabalhadores afetados

A Bosch de Braga vai entrar em ‘lay-off’, a partir de novembro e “até presumivelmente” abril de 2026, uma decisão que vai afetar 2.500 trabalhadores, devido à escassez de componentes para peças eletrónicas, anunciou a empresa. “Devido à escassez de componentes para peças eletrónicas e as recorrentes interrupções na produção, o mecanismo de ‘lay-off’ estabelecido no Código de Trabalho entra em vigor a partir do início de novembro até, presumivelmente, ao final de abril de 2026”, indicou, em comunicado. O ‘lay-off’ consiste na redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas, durante um determinado tempo, devido a motivos de mercado, motivos estruturais ou tecnológicos ou catástrofes ou outras ocorrências que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa.

Cerca de 2.500 colaboradores serão afetados pela suspensão dos contratos de trabalho e/ou redução de horas. A empresa garantiu estar a fazer tudo para atender os clientes e evitar ou minimizar as restrições de produção, recorrendo, por exemplo, a fontes alternativas de fornecimento. A Bosch disse também que, assim que a escassez de componentes eletrónicos for ultrapassada, a “produção em Braga deverá regressar à normalidade”. Em 25 de setembro, a fabricante de equipamentos Bosch anunciou que prevê eliminar mais de 13.000 postos de trabalho até 2030 na Alemanha, argumentando que o trabalho está subutilizado face à concorrência chinesa, levando a críticas pelos sindicatos.

O plano, citado pela agência France-Presse (AFP), mais que duplica a estimativa divulgada em novembro, quando a Bosch disse que pretendia suprimir 5.550 postos de trabalho até 2030. Este plano deverá afetar cerca de 3% da força de trabalho mundial e atinge a divisão automóvel, que se vê obrigada a reduzir os seus custos em 2.500 milhões de euros por ano para, segundo o grupo, assegurar a sua competitividade (Executive Digest)

El Parlamento de Canarias rechaza la subida de tasas aeroportuarias

El Parlamento de Canarias ha cerrado filas en torno a su postura firme de rechazo a la subida de las tarifas aeroportuarias de Aena en un 6,5% a partir de marzo del próximo año. Este miércoles, la Cámara aprobó una Proposición No de Ley elevada por los grupos que sostienen al Gobierno –Grupo Nacionalista Canario (CC), Partido Popular, Agrupación Socialista Gomera (ASG) y el Mixto– a los que se sumó el apoyo de Vox y Nueva Canarias–Bloque Canarista, y que contó con el voto en contra del PSOE. No obstante, el grupo socialista sí se sumó a la propuesta del Parlamento que insta al Estado a que se tenga en cuenta las características propias de un territorio como el canario y que se le escuche en la toma de decisiones, por lo que piden que se abran las negociaciones en la Comisión Bilateral Canarias–Estado para desarrollar el artículo 161 del Estatuto de Autonomía, que reconoce que el archipiélago «puede participar en las decisiones de tasas y precios públicos».

«Se sigue excluyendo a Canarias en decisiones estratégicas. Para las islas los aeropuertos son fundamentales, son nuestra principal puerta de entrada y la instalación básica en nuestro sector más importante, el turismo», defendió el diputado del grupo nacionalista canario Miguel Martín.

La ola de inversiones de Aena anticipa una subida de las tarifas aeroportuarias a partir de 2027

En plena polémica por la subida de tarifas aeroportuarias para el próximo año, Aena se ha reunido este jueves con las aerolíneas para presentar su nuevo plan inversor para el próximo sexenio (2027-2031). La compañía ha anunciado una inyección de 13.000 millones de euros para los aeropuertos españoles, que supone triplicar las inversiones de los últimos seis años, y cuya puesta en marcha supondrá un incremento de las tarifas aeroportuarias, según el operador aeroportuario. El gestor semipúblico (el 51% de su capital está en manos del Estado) no cuenta con dinero de fondos públicos, sino que se financia a través de las tarifas aeroportuarias (que es lo que cobra a las aerolíneas por usar sus terminales, pistas, pasarelas, estacionamiento de aviones, servicios de seguridad o servicios de 'handling' y que estas repercuten en los precios de los billetes de avión, a lo que suma los ingresos de las actividades comerciales) y de los ingresos de las actividades comerciales de sus terminales.

Tras la salida a Bolsa de Aena, en 2015, el Gobierno estableció un esquema transitorio de diez años en los que no se podían hacer inversiones superiores a los 450 millones de euros al año ni subir las tarifas para evitar sobreinversiones. Pero ese periodo finaliza este año y Aena ha anunciado ya un incremento de las tarifas del 6,5% para el próximo año, hasta una media de 11,03 euros, lo que ha provocado las críticas de las compañías, sobre todo de Ryanair, que ha anunciado un recorte de plazas en los aeropuertos más pequeños.

A IA está a roubar empregos? Amazon confirma cerca de 14 mil cortes na sua força laboral

A empresa de tecnologia norte-americana está a preparar uma nova vaga de cortes nos postos de trabalho, com milhares de empregos afetados, uma vez que a gigante tecnológica pretende reduzir a burocracia e aumentar o uso da IA. A gigante tecnológica norte-americana Amazon anunciou que irá cortar cerca de 14.000 postos de trabalho na empresa, com as comunicações da administração às equipas afetadas a começarem na terça-feira.

A medida faz parte dos esforços da empresa para "reduzir a burocracia, eliminar escalões e deslocar recursos para garantir que estamos a investir nas nossas maiores apostas e no que é mais importante para as necessidades atuais e futuras dos nossos clientes", afirmou a empresa em comunicado. A maioria dos funcionários afetados tem 90 dias para procurar uma nova função internamente, disse a Amazon, acrescentando que aqueles que forem demitidos podem contar com apoio na transição, incluindo uma indemnização. A Amazon não informou quais as equipas que estão a ser afetadas, mas a Reuters informou anteriormente que as divisões de cloud, retalho, comunicações e dispositivos da empresa têm sido, em geral, alvo de demissões.

Governo dos Açores admite que Orçamento para 2026 será "difícil" de executar

 

Açores diz que este Orçamento para 2026 "será, quase de certeza, o plano e orçamento de maior dificuldade de execução da história da autonomia" Este plano será influenciado pelo PRR e PO 2030. O secretário regional das Finanças admitiu que as propostas de Plano e Orçamento do Governo dos Açores para 2026 serão “as mais difíceis de executar da história da autonomia”, atendendo ao elevado volume de obras previsto.

“Será, quase de certeza, o plano e orçamento de maior dificuldade de execução da história da autonomia. Será um desafio brutal que nos impele a todos, Governo, partidos e sociedade civil, para conjugarmos esforços para que este desafio possa ser vencido”, alertou Duarte Freitas em declarações aos jornalistas, após a entrega das propostas ao presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, na cidade da Horta. O governante, que se fez acompanhar do secretário regional dos Assuntos Parlamentares e das Comunidades, Paulo Estêvão, lembrou que o Plano e Orçamento do Governo para 2026 será substancialmente influenciado pelos investimentos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pelo Programa Operacional (PO) 2030.

Aumento de taxas leva Ryanair a abandonar voos para alguns aeroportos europeus

Em causa estão aeroportos em Espanha, França, Alemanha, Áustria, Estónia e Letónia. Sendo que, na Lituânia, a empresa já revelou que não será registado qualquer crescimento na sua atividade. A Ryanair, uma das principais companhias aéreas low-cost, anunciou que vai abandonar as rotas que fazem ligação a aeroportos localizados em alguns dos principais destinos europeus, justificando a decisão com o aumento das taxas e dos impostos aeroportuários, segundo noticiado inicialmente pela agência Lusa. Em causa estão aeroportos em Espanha, França, Alemanha, Áustria, Estónia e Letónia. Sendo que, na Lituânia, a empresa já revelou que não será registado qualquer crescimento na sua atividade.

Em contrapartida, no âmbito desta sua operação de revisão de rotas, a companhia pretende apostar em aeroportos onde tais custos não são tão significativos e, além disso, onde considera que existe um potencial de crescimento da operação. É o caso, nomeadamente, daSuécia, Hungria, Polónia, Eslováquia, Albânia, Marrocos e algumas regiões de Itália.

No que diz respeito à Alemanha, a Ryanair referiu que, para o inverno que se avizinha, irá "diminuir a capacidade" da sua operação "em mais de 800 mil lugares", ao cancelar 24 ligações aéreas a nove aeroportos alemães que descreve como sendo de "alto custo", como é o caso de Berlim, Hamburgo e Memmingen, na Baviera.

Crédito habitação ‘muda de mãos’ em Portugal: intermediários ganham peso e já representam mais de metade do mercado

Segundo o regulador, em 2025 foram celebrados mais de 125 mil novos contratos de crédito à habitação, num total de 17,9 mil milhões de euros, sendo que mais de metade passaram pela intermediação de crédito. O crédito à habitação em Portugal está a mudar de mãos. Mais de 56% dos contratos e 57% do montante total financiado em 2024 foram realizados através de intermediários de crédito, de acordo com dados do Banco de Portugal. O número, sustentou o site ‘ComparaJá’, confirma a crescente relevância destes profissionais na mediação entre consumidores e instituições bancárias.

Segundo o regulador, em 2025 foram celebrados mais de 125 mil novos contratos de crédito à habitação, num total de 17,9 mil milhões de euros, sendo que mais de metade passaram pela intermediação de crédito. O número de intermediários registados também aumentou, superando os 6.100 profissionais no início de 2025. A utilização de intermediários de crédito deixou de ser excecional para se tornar a norma no mercado. A crescente complexidade das ofertas bancárias, a oscilação das taxas de juro e a busca por soluções personalizadas levam cada vez mais famílias a procurar apoio especializado.

Robôs vão tomar conta de 75% das operações: Amazon quer substituir 600 mil trabalhadores até 2033

Segundo documentos estratégicos internos, a intenção da gigante tecnológica não passa por despedir os trabalhadores atuais, mas evitar a criação de milhares de novos postos de trabalho face à previsão de duplicar as vendas até 2033. A Amazon prepara-se para acelerar as tecnologias de automação nos seus centros logísticos, onde já tem mais de um milhão de robôs a operar, indicou o jornal ‘The New York Times’. Segundo documentos estratégicos internos, a intenção da gigante tecnológica não passa por despedir os trabalhadores atuais, mas evitar a criação de milhares de novos postos de trabalho face à previsão de duplicar as vendas até 2033 – o objetivo, de acordo com a publicação, é automatizar 75% de todas as operações, evitando assim a contratação de 600 mil pessoas nos Estados Unidos até 2033.

De acordo com o jornal americano, com esta operação – a automação de 160 mil funções até 2027 -, a gigante tecnológica poderia poupar cerca de 11 mil milhões de euros, o que equivale a uma poupança de 25 cêntimos por cada artigo processado. No entanto, a Amazon expressou, nos documentos, a preocupação com a perceção pública da estratégia: pode ler-se que deve evitar-se termos como automação ou IA nas comunicações públicas e sim expressões mais neutras como “tecnologia avançada” – foi mesmo sugerido o uso do termo “cobot”, que resulta de colaborador e robô, para descrever máquinas a operar ao lado de funcionários humanos. Um porta-voz da Amazon desvalorizou os documentos, garantindo não estarem completos e que não refletem a estratégia global de contratação, salientando que a tecnologia destina-se a executar tarefas repetitivas, melhora a segurança dos armazéns e à criação de novos postos de trabalho mais qualificados (Executive Digest)

Investidores alertam para bolha histórica: ‘boom’ da IA pode trazer crise quatro vezes maior do que a imobiliária de 2008

As bolsas mundiais continuam em alta, mas aumenta o alerta entre investidores de que o boom da Inteligência Artificial (IA) pode estar a aproximar-se do fim. De acordo com o jornal alemão ‘Handelsblatt’, os principais índices americanos, como o S&P 500 e o Nasdaq, registaram mais de 30 recordes apenas este ano. Na Europa, oito bolsas valorizaram acima dos 20% entre janeiro e junho, enquanto o PSI, principal índice da bolsa de Lisboa, subiu 17% no primeiro semestre de 2025, alcançando o nível mais elevado desde abril de 2010.

Apesar do otimismo aparente, o sentimento nos mercados está a mudar. Cada vez mais gestores e analistas admitem a possibilidade de uma “bolha multibilionária” alimentada pelo entusiasmo em torno da IA e pelo volume massivo de capitais aplicados no setor tecnológico.

Entre os avisos mais sonantes está o de Jeff Bezos, fundador da Amazon, que alertou para o risco de uma “bolha industrial” na IA. O empresário sublinha que “todas as ideias, boas ou más, recebem financiamento agora — mas não vai ser sempre assim”.

David Solomon, diretor do Goldman Sachs, também prevê um colapso nos mercados, avisando que “os enormes investimentos em IA no final não vão trazer retorno — e quando isso acontecer, as pessoas não se vão sentir bem”. Carsten Roemheld, estratega da Fidelity International, destaca que a concentração de capital nas grandes tecnológicas está a inflacionar o mercado: “Se a Nvidia investir 100 mil milhões de dólares na OpenAI, isso impulsiona a formação de uma bolha”. Para o analista, “a primeira onda de IA pode estar a chegar ao fim”, e “o mercado acionista está por um fio”.

Retrato da Venezuela...

fonte: Mais Liberdade, Mais Factos