domingo, abril 01, 2018

Mobilidade: digam apenas a verdade, contando tudo!


Muito sinceramente eu acho que estão a ser dados demasiados tiros-nos-pés perante a estupefacção ignorante das pessoas (ignorante porque ninguém lhes explica nada). Lendo apenas os títulos, porque distante e sem acesso ao JM, apetece-me perguntar: como vão fazer com os organismos públicos cada vez mais dependentes de reuniões em Lisboa fruto da perda de autonomia e de capacidade de decisão local que 40 anos de autonomia supostamente não toleraria? E os clubes de futebol terão também viagens limitadas? E os clubes de outras modalidades? E a continuidade territorial passou a ter horário para vigorar? Ela vai passar a ter apenas horas? Afinal o que se passa com o dinheiro destinado ao subsídio de mobilidade? Quanto é o valor anual e quem paga? Será que Lisboa obrigou o Funchal a mudar o esquema por decidir fechar a torneira? E as companhias aéreas o que dizem a esta mudança neste financiamento ilegal e encapotado que era feito com a conivência do governo de Lisboa que se fartou de enganar Bruxelas com este esquema? E no caso dos Açores também passa a ser o mesmo modelo da Madeira? No Açores onde até viagens em executiva são abrangidas e onde não há as limitações patéticas impostas por uns iluminados de merda que acabaram por estragar um modelo que deveria estar a funcionar na sua plenitude? Já agora, quantas aldrabices foram descobertas com a aplicação do subsídio de mobilidade desde a sua criação? A sensação que tenho, a triste sensação que tenho, é que ou há pensadores da treta a mais a mexer num assunto que devia ser objecto de uma imediata clarificação, em todos os seus contornos, ou há incompetência a mais a negociar um assunto demasiado delicado, ou há histórias de pressões e ameaças que não foram ainda contadas -  o que é errado e lamentável? Contem o que se passa, tudo mesmo, pode ser? E não usem entrevistas para enviar recados porque com esta forma de comunicação (???) hoje acabaram por dar mais uma demonstração de asneirada e gerar irritação junto das pessoas, que no fundo são os eleitores que votam.

Nota: estão autorizados a divulgar todas as minhas deslocações a Lisboa, a título pessoal ou por motivos de trabalho, realizadas ao abrigo do subsídio de mobilidade bem como os valores pagos em cada uma delas.

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