Muito sinceramente
eu acho que estão a ser dados demasiados tiros-nos-pés perante a estupefacção
ignorante das pessoas (ignorante porque ninguém lhes explica nada). Lendo
apenas os títulos, porque distante e sem acesso ao JM, apetece-me perguntar:
como vão fazer com os organismos públicos cada vez mais dependentes de reuniões
em Lisboa fruto da perda de autonomia e de capacidade de decisão local que 40
anos de autonomia supostamente não toleraria? E os clubes de futebol terão
também viagens limitadas? E os clubes de outras modalidades? E a continuidade
territorial passou a ter horário para vigorar? Ela vai passar a ter apenas
horas? Afinal o que se passa com o dinheiro destinado ao subsídio de
mobilidade? Quanto é o valor anual e quem paga? Será que Lisboa obrigou o
Funchal a mudar o esquema por decidir fechar a torneira? E as companhias aéreas
o que dizem a esta mudança neste financiamento ilegal e encapotado que era
feito com a conivência do governo de Lisboa que se fartou de enganar Bruxelas
com este esquema? E no caso dos Açores também passa a ser o mesmo modelo da
Madeira? No Açores onde até viagens em executiva são abrangidas e onde não há
as limitações patéticas impostas por uns iluminados de merda que acabaram por
estragar um modelo que deveria estar a funcionar na sua plenitude? Já agora,
quantas aldrabices foram descobertas com a aplicação do subsídio de mobilidade
desde a sua criação? A sensação que tenho, a triste sensação que tenho, é que
ou há pensadores da treta a mais a mexer num assunto que devia ser objecto de
uma imediata clarificação, em todos os seus contornos, ou há incompetência a
mais a negociar um assunto demasiado delicado, ou há histórias de pressões e
ameaças que não foram ainda contadas - o
que é errado e lamentável? Contem o que se passa, tudo mesmo, pode ser? E não
usem entrevistas para enviar recados porque com esta forma de comunicação (???)
hoje acabaram por dar mais uma demonstração de asneirada e gerar irritação
junto das pessoas, que no fundo são os eleitores que votam.
Nota: estão
autorizados a divulgar todas as minhas deslocações a Lisboa, a título pessoal
ou por motivos de trabalho, realizadas ao abrigo do subsídio de mobilidade bem
como os valores pagos em cada uma delas.
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