segunda-feira, abril 16, 2018

Estado gastou menos 285 milhões de euros com juros da dívida em 2017


Nos últimos três anos, Portugal conseguiu diminuir o encargo em cerca de mil milhões de euros anuais, devido à melhoria das condições de financiamento do país. Depois de muita especulação, a candidatura foi enviada na quinta-feira e o ministro é agora visto como favorito. Uma reunião na Costa do Marfim entre António Costa, Emmanuel Macron e Angela Merkel terá mudado as regras do jogo. A despesa pública com juros da dívida, no ano passado, diminuiu 285 milhões de euros, em comparação com 2016. No ano em que a República passou a ser avaliada por duas das três principais agências de rating em grau de investimento, o Estado gastou 7.475 milhões de euros com juros, menos 3,8% que no ano anterior. No ano passado, o défice entre o valor dos juros pagos por Portugal e os recebidos foi de 77,6 milhões de euros, mas menor que o saldo negativo de 87,5, em 2016.

“Em 2017, a dívida portuguesa saiu do lixo e os juros caíram quase 300 milhões de euros”, afirmou Mário Centeno, em conferência de imprensa após a apresentação dos números do défice, no ano passado. O ministro das Finanças acrescentou que estes valores se devem “ao esforço dos portugueses e ao rigor das contas públicas”.
A despesa nacional com juros, em 2016, tinha sido 7.760 milhões de euros e, em 2015, de 8.209 milhões de euros. Nos últimos três anos, Portugal conseguiu diminuir o encargo em cerca de mil milhões de euros anuais, devido à melhoria das condições de financiamento do país causada por uma combinação de fatores.
Portugal beneficiou da retoma económica global, da estratégia do Tesouro de reembolsos antecipados ao Fundo Monetário Internacional (FMI), emissão de dívida a prazos mais longos e recompra de títulos a chegar à maturidade, bem como o reforço da confiança internacional no país.
Depois de Portugal ter saído do Procedimento por Défices Excessivos, a agência de notação financeira Standard and Poor’s surpreendeu os mercados ao fazer um upgrade a Portugal, em setembro. Tornou-se, assim, a primeira das três principais agências de rating mundiais a colocar a dívida do país em grau de investimento. Em dezembro, foi a vez da Fitch tomar a mesma decisão e a expetativa é que a Moody’s (a única que falta) o faça também em abril (texto dajornalista do Economico, Leonor Mateus Ferreira)

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