sábado, abril 16, 2016

Sondagem: PS desce mas Costa sobe

Intenção de voto no PS desce 0,7 pontos percentuais, mas popularidade de António Costa sobe. Marcelo estreia-se em alta e Cristas com saldo inferior ao de Portas. O PS perde sete décimas no barómetro de março mas cada um dos seus parceiros de apoio parlamentar sobe cinco décimas pelo que, feitas as contas, a “coligação de esquerda” até sobe (três décimas) em relação ao mês passado. E a “lei das compensações” não fica por aqui: se é verdade que o partido do Governo está em queda, António Costa continua em alta (o seu saldo positivo aumenta nada menos do que 5,5%) e o próprio Executivo sai melhor visto pelos inquiridos do que há um mês.
Prova de que a demissão de João Soares – depois da ameaça das bofetadas no Facebook que levou o primeiro-ministro a dar-lhe o puxão de orelhas que viria a ditar o seu pedido de demissão – não fragilizou Costa. Bem pelo contrário: desde que chefia o Executivo a sua popularidade tem vindo ininterruptamente em crescendo e este mês deu um salto significativo.
Em alta também se estreia Assunção Cristas, que esta semana completou o seu primeiro mês à frente do CDS. A líder centrista parte, contudo, com um saldo inferior ao último de Paulo Portas (que se despediu do barómetro, em março, com 15,5% de saldo positivo; Cristas fica-se pelos 11,1%, ainda assim à frente de Passos Coelho, que tem 9,8%). As reservas dos inquiridos quanto ao novo ciclo centrista são igualmente verificáveis nas intenções de voto: o CDS está três abaixo do valor de há um mês. Marcelo Rebelo de Sousa, que tomou posse como Presidente da República em março, estreia-se em alta com saldo positivo de 55,5 pontos: 68% das pessoas considera que está a exercer bem o seu mandato. Este resultado contrasta desde a primeira hora com o persistente saldo negativo do anterior Chefe de Estado, Cavaco Silva. A nova líder do CDS é também uma estreia no barómetro, mas Assunção Cristas fica abaixo do score do seu antecessor, Paulo Portas.
FICHA TÉCNICA
Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 7 a 13 de ABRIL de 2016. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando em lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por região: Norte (20,5%) — A.M. do Porto (14,4%); Centro (28,3%) — A.M. de Lisboa (27%) e Sul (9,8%), num total de 1026 entrevistas validadas. Foram efetuadas 1237 tentativas de entrevistas e, destas, 211 (17,1%) não aceitaram colaborar neste estudo. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma resultou, em termos de sexo: feminino — 50,3%; masculino — 32,2% e no que concerne à faixa etária dos 18 aos 30 anos — 17,5%; dos 31 aos 59 — 52,4%; com 60 anos ou mais — 30,9%. O erro máximo da amostra é de 3,06%, para um grau de probabilidade de 95%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (Expresso, texto da jornalista Cristina Figueiredo)

Sem comentários: