quinta-feira, dezembro 17, 2015

Albuquerque com Costa leva BANIF debaixo do braço. E não só...

Termina amanhã o prazo para a operação - ou tentativa - de venda do BANIF, sabendo-se apenas que terão existido sinais de algum interesse manifestado por parte de 2 ou 3 entidades ligadas ao sector financeiro (um dos quais o Santander Totta e o fundo financeiro americano da Apollo), mas que até hoje pouco ou nada tinham avançado.
O facto do prazo se aproximar do seu términos levou a que as acções do BANIF na bolsa tivessem sido suspensa hoje pondo assim cobro a informações que davam conta da possibilidade de haver especulação bolsista em torno do banco com sede no Funchal.
É neste quadro que Miguel Albuquerque se desloca segunda-feira a Lisboa onde será recebido por António Costa, novo primeiro-ministro, com quem o dirigente madeirense terá um primeiro encontro que poderá ser muito importante para o futuro.
Sei que entre Costa e Albuquerque existe uma relação de amizade e uma empatia que tem alguns anos e que foi criada e mantida desde que ambos se mantiveram em funções autárquicas. Esse relacionamento poderá ser importante neste novo quadro político-governativo nacional, embora não acredite que o PS-Madeira aceite ser posto à margem do relacionamento institucional entre a Região e a República. Pelo menos fará tudo para que isso não aconteça.
Admite-se que o Presidente do Governo pretende colocar a Costa alguns dos "dossiers" mais importantes relacionadas com a RAM e que dependem do poder central, vai discutir o financiamento do novo Hospital do Funchal, vai abordar a possibilidade de serem tomadas medidas no quadro da dívida da regional, dado que o PAEF termina no final deste ano, etc.
O quadro comunitário até 2020 e as necessidades financeiras da RAM para aproveitamento de todos os fundos que no âmbito dos diferentes programas ficarão adstritos à Madeira poderá ser uma outra matéria a abordar.
No plano político admite-se como provável que aproveitando o encontro em Lisboa, e caso exista a possibilidade dos dois políticos ficarem sozinhos, que matérias relacionadas com a revisão do Estatuto Político, que terão que envolver o PS, e com a lei eleitoral regional, poderão ser colocadas, num primeiro momento, tendo em vista sensibilizar o dirigente socialista para a eventual construção de entendimentos para dois temas que poderão conhecer evolução em 2016.
Basicamente, segundo apurei, o que Miguel Albuquerque e António Costa - que chamou a si directamente a responsabilidade pelo processo de contacto com as Regiões Autónomas deixando que tal matéria seja entregue a um ministro - procurarão estabelecer são as normas definidoras do relacionamento pessoal entre os dois políticos e do próprio relacionamento institucional entre RAM e Estado.
É de prever a possibilidade de Miguel Albuquerque abordar com Costa as propostas relacionadas com a questão fiscal da Madeira e que venha a ser acordado o principio de realização anual de pelo menos duas reuniões cimeiras entre delegações dos dois governos.

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