Dados da
sondagem da Eurosondagem para o Expresso e para a SIC relativo ao mês de março,
marcado pelas dívidas contributivas do primeiro-ministro, mostram que o PS
aguenta, o PSD cai e o CDS sobe. Passos e Cavaco descem no índice de
popularidade. O PSD cai este mês um ponto e meio na sondagem da Eurosondagem
para o Expresso e para a SIC. O caso da falta de pagamentos de Passos Coelho à
Segurança Social faz mossa no principal partido da maioria governamental. E
também no seu líder. O primeiro-ministro cai dois pontos na popularidade. Em
março, acaba por ser o CDS, o outro partido da coligação, a aguentar a maioria,
dado que se o PSD cai 1,5%, o CDS sobe 1,2% Acima dos dois, e mantendo a
liderança clara nas intenções de voto, mantém-se o PS. Os socialistas não foram
afetados pela polémica que envolveu António Costa quando disse perante uma
plateia de empresários chineses que o país estava hoje melhor do que há quatro
anos. Os socialistas mantêm exatamente o mesmo valor nas intenções de voto:
38,1%. Mas se Passos fica mal na fotografia, o Presidente da República sai
ainda mais queimado. Cavaco Silva afunda-se e cai cinco pontos percentuais (é o
que mais cai), num estudo que já reflete as suas declarações sobre o não
pagamento de Passos Coelho à Segurança Social. Um caso que Cavaco não teve
dúvidas em relacionar com as guerras político-partidárias e com o
"cheiro" a campanha. Ou seja, mais uma vez, o Presidente é castigado
pelo que diz (ou pelo que não diz?).
Ficha
técnica
Estudo de
Opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 5 a 10 de
março de 2015. Entrevistas telefónicas realizadas por entrevistadores
selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais,
residente em Portugal Continental e habitando lares com telefone da rede fixa.
A amostra foi estratificada por região: Norte - 20,1%; A.M. do Porto - 13,2%;
Centro - 29,9%; A.M. de Lisboa - 27,0% e Sul - 9,8%, num total de 1005
entrevistas validadas. Foram efetuadas 1233 tentativas de entrevistas e,
destas, 228 (18,5%) não aceitaram colaborar no estudo de opinião. A escolha do
lar foi aleatória nas listas telefónicas e entrevistado, em cada agregado
familiar, o elemento que fez anos há menos tempo. Desta forma aleatória
resultou, em termos de sexo: feminino - 52,2% e masculino - 47,8%, e no que
concerne à faixa etária: dos 18 aos 30 anos - 16,6%; dos 31 aos 59 - 51,4%; com
60 anos ou mais - 32%. O erro máximo da amostra é de 3,09%, para um grau de
probabilidade de 95%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na
Entidade Reguladora para a Comunicação Social (fonte: Expresso)