quarta-feira, março 18, 2015

Colocação de desempregados sobe para níveis históricos graças aos apoios à contratação

O número de desempregados que conseguiu arranjar trabalho com a ajuda do Instituto de emprego e formação Profissional (IEFP) atingiu níveis inéditos em 2014, mas mais de metade dessas colocações foi feita através dos programas de apoio à contratação financiados por dinheiros públicos. Das 102.977 pessoas que voltaram ao mercado de trabalho no ano passado, em 54% dos casos as empresas beneficiaram de subsídios aos salários ou de isenções e reduções nas contribuições sociais. Os dados solicitados pelo PÚBLICO ao IEFP revelam que a medida mais utilizada foi o Estímulo 2013, que esteve em vigor até final de Junho do ano passado e que suportava 50% do salário do trabalhador, durante seis meses, até um máximo de 419,22 euros por mês (o apoio podia chegar aos 60% e durar 18 meses no caso de desempregados de longa duração ou da celebração de contrato sem termo). Em 2010, antes de a troika entrar em Portugalos centros de empregodo Continente colocaram à volta de 62.430 pessoas, número que nos dois anos seguintes caiu para níveis inferiores a 60 mil. Passados quatro anos, em 2014, foram colocados 102.977 desempregados, um aumento de 22% face a 2013, e o número mais elevado desde, pelo menos, o início do século (texto da jornalista do Público, Raquel Mattins, com a devida vénia)