quarta-feira, janeiro 29, 2014

Sondagem: PSD/CDS-PP à frente para as europeias



Segundo o jornalista do Correio da Manhã, José Rodrigues, “os partidos da maioria que suportam o Governo poderão vencer as próximas eleições para o Parlamento Europeu (PE) no próximo dia 25 de maio, pese embora a situação de crise que o país atravessa. De facto, segundo uma sondagem CM/Aximage, o PSD e o CDS coligados obtêm 37,1% das intenções de voto, contra 35,5% por cento dos socialistas.  Já a CDU fica-se pelos 9,2% e o BE, nos 6,9 %. Mas o fator mais relevante da sondagem, que foi realizada entre os dias 7 e 10 do corrente mês, continua a ser a abstenção, que atinge os 60,8 por cento.  Embora seja um valor sensivelmente menor do que o registado nas eleições europeias de 2009, que chegou aos 62,5 %, o certo é que interfere nos intervalos de confiança das percentagens de votos. Assim,  pode dizer-se que em termos práticos as intenções de voto no PSD/CDS e no PS não se distinguem.  (ver texto de opinião director técnico da sondagem). Em comparação com as europeias de 2009, o PSD e o CDS juntos estão a descer, de  40,1% em 2009, passam para 37,1 % nesta sondagem. Já o PS está a subir, pois em 2009 conseguiu apenas 26,6%, contra 35,5% neste inquérito de opinião. Os outros dois partidos da esquerda, em comparação com 2009, estão a descer. A CDU passa de 10,7% para 9,2% e o BE de 10,7 para 6,9%. De registar ainda que, quando questionados sobre a data de realização das eleições europeias, 64,3 % responderam  que não sabiam e só 35,7 % disseram que sabiam.
FICHA TÉCNICA
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 601 entrevistas efectivas: 279 a homens e 322 a mulheres; 137 no interior, 251 no litoral norte e 213 no litoral centro sul; 157 em aldeias, 205 em vilas e 239 em cidades.   A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 7 a 10 de Janeiro de 2014, com uma taxa de resposta de 80,1%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 601 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.
OPINIÃO DE JORGE DE SÁ
EUROPEIAS: ELEIÇÕES DE "SEGUNDA DIVISÃO" 
Na sondagem das Europeias que o CM publica hoje a taxa de abstenção atinge o valor de 60,8%, muito alto, por certo, mas mesmo assim inferior aos 64% de abstenção, esta real, nas eleições europeias de 2009. Decididamente os portugueses não consideram que as eleições europeias sejam eleições de primeira importância: quase 2 em cada 3 (64,5%) desconheciam à data da sondagem que as eleições para o Parlamento Europeu vão ser já dentro de praticamente 5 meses. É claro que quanto mais elevado for o valor da abstenção menor é o número de votantes e como este número constitui base ao cálculo das percentagens de intenção de voto em cada partido, as "margens de erro" destas aumentam consideravelmente. Por exemplo, no caso desta sondagem, a percentagem da coligação do PSD e do CDS pode variar entre 32,1 e 42,1 e a do PS entre 30,6 e 40,4, o que quer dizer que, com uma probabilidade equivalente, a coligação PSD/CDS poderia ter 42% e o PS 31% ou PSD/CDS obter 33% e o PS 40%. Uma pequena oscilação do número de abstencionistas provoca alterações sensíveis a nível dos resultados das sondagens. Tendo em conta que quase 9 em cada 10 portugueses confiam nas sondagens, torna-se ainda mais importante alertar para questões técnicas como a exposta”