sábado, outubro 20, 2012

Fisco saca seis mil milhões nos carros...

Segundo o jornalista do Correio da Manhã, Miguel Alexandre Ganhão, “a carga fiscal sobre o sector automóvel vai valer cerca de seis mil milhões de euros em 2013. Segundo contas feitas pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), existem 33 mil empresas em Portugal, responsáveis por 138 mil postos de trabalho e gera um volume de negócios da ordem dos 24 milhões de euros. Só o Imposto Único Automóvel (IUC/antigo selo do carro) deve render 198,6 milhões, uma verba que no Orçamento do Estado para 2013 se mantém igual a 2012, mas que segundo a Associação Nacional das Empresas do Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA) deve abranger muito mais viaturas. "O IUC foi criado em Julho de 2007, e à medida que os anos vão passando mais automóveis vão sendo abrangidos por este imposto", disse ao CM Neves da Silva, secretário-geral da ANECRA. Segundo as contas feitas pelo Gabinete de Estudos Económicos da ANECRA, os aumentos para os automóveis variam entre os 1,3 e os 10 por cento, de acordo com a cilindrada e as emissões de CO2.
Além daqueles critérios, o ano de matrícula determina o montante de imposto a pagar. Assim, por exemplo, um utilitário matriculado entre 1981 e 1989 que tenha uma cilindrada entre os 1500 e os 2000 cm3 vai pagar de imposto, em 2013, pouco mais de 11 euros. Já uma viatura matriculada no mesmo período, mas que tenha uma cilindrada superior a 3500 cm3, vai pagar 106 euros. Mais castigadas serão os carros matriculados depois de 1995. Neste caso, os automóveis entre os 2600 e os 3500 cm3 sofrem um aumento de 10%, passando a pagar 252 euros de IUC. Para os automóveis com cilindradas acima dos 3500 cm3, o imposto a pagar é de 449,56 euros. "O IUC é um imposto fácil de cobrar para as Finanças, e ao qual os contribuintes não podem fugir", diz Neves da Silva, para quem mais importante do que a carga fiscal sobre o sector é a carga fiscal que vai recair sobre as famílias. "Este ano a quebra de vendas de automóveis novos e usados será de 40%, uma percentagem que certamente se repetirá em 2013."