Sregundo o Jornal I, "o número de empresas que iniciou processos de falência aumentou 46,7 por cento até junho quando comparado com igual período de 2011, segundo o barómetro empresarial da Informa/D&B. Segundo a consultora, o número de falências atingiu 3.183 sociedades, a uma média superior a 500 por mês. As falências ou insolvências "mantêm a tendência de crescimento", adianta a consultora, sublinhando que esta é uma tendência que se tem vindo a acentuar desde o início de 2012, "ultrapassando os 500 processos de insolvência iniciados em cada um dos meses". Ainda segundo a empresa, das 3.183 insolvências registadas, 53,6 por cento foram apresentadas pelas próprias empresas e 46,4 por cento foram requeridas por terceiros. O barómetro da Informa/D&B indica que a maioria das falências do primeiro semestre do ano se concentrou nos setores da construção (22,6 por cento), indústrias transformadoras (21 por cento) e retalho (16,3 por cento) e que também é nestes setores onde se regista um maior crescimento. A base de dados da consultora adianta também que os processos de insolvência iniciados tiveram um aumento exponencial desde 2005, passando das 1.153 empresas nesse ano para as 5.402 sociedades em 2011. Em termos geográficos, as falências têm afetado mais a região Norte onde se concentram cerca de metade (45,8 por cento) das insolvências, logo seguido de Lisboa (21,1 por cento) e Centro (20,7 por cento). No entanto, fazendo uma análise evolutiva, os dados da Informa/D&B concluem que as regiões com falências galopantes foram a Madeira e o Alentejo. A região insular aumentou as insolvências em 98,1 por cento, passando das 56 empresas no primeiro semestre de 2011 para 111 em 2012, enquanto no Alentejo subiu 92,3 por cento ao registar 78 falências em 2011 contra 150 nos primeiros seis meses deste ano. O barómetro indica também que há menos empresas a serem constituídas em Portugal, baixando 15,2 por cento face ao primeiro semestre de 2011, com um total de 16.979 constituições face às 20.027 registadas no período homólogo. O documento refere que esta queda "justifica-se em parte pelo aumento de constituições ocorrido ao longo dos primeiros meses de 2011 como reflexo da implementação de medidas fiscais e da nova Lei do Capital Social". As medidas fiscais em 2011 fizeram surgir "um aumento de sociedades unipessoais pelo favorecimento do início de negócios nesta forma jurídica em detrimento do empresário em nome individual", adianta o estudo, acrescentando que no ano passado surgiu "a possibilidade de iniciar uma sociedade por quotas ou unipessoal com capital social a partir de um euro por sócio". O documento observa também que o número de dissoluções naturais de empresas "apresentou um aumento relevante face ao período de janeiro a junho de 2011" com mais 43,7 por cento”.
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