Li no DN de Lisboa que "o presidente da Reserva Federal afirmou que a economia enquanto disciplina deve passar a dar mais atenção ao bem-estar e à felicidade para medir a situação do país e ser tida em conta aquando das tomadas de decisão. "O derradeiro propósito da economia é, claro, compreender e promover o desenvolvimento do bem-estar. De acordo com isto, as medidas económicas devem incluir o bem-estar e as suas determinantes", afirmou o presidente da Fed, Ben Bernanke, num discurso gravado em vídeo e transmitido na 32.ª conferência da Associação Internacional de Investigação sobre Rendimento e Riqueza. Para Bernanke, que já antes se tinha referido ao tema noutras ocasiões, dar atenção exclusivamente a dados macroeconómicos pode dar origem a uma imagem "incompleta daquilo que muitos indivíduos estão a atravessar" na conjuntura atual."Um caso interessante e único é o do Reino do Butão, que abandonou o seguimento do Produto Nacional Bruto em 1972 para passar a acompanhar a Felicidade Nacional Bruta, a partir de um inquérito" que incorpora indicadores como bem-estar psicológico, nível educativo, saúde física, vitalidade comunitária e a força de laços familiares e sociais, exemplificou Bernanke. De acordo com o antigo professor universitário, que afirmou gostar de consumir literatura sobre o tema, "felicidade" é definida como um "estado de curto prazo de consciência que depende das perceções de uma pessoa da sua realidade imediata, bem como de circunstâncias externas imediatas e desfechos". Todos estes indicadores, disse o responsável pela Reserva Federal, podem ser "mais úteis na medida do progresso económico ou dos seus atrasos". Porém, as medidas do bem-estar, ainda que importantes, são "apenas uma de muitas novas direções para a medida económica" que estão a ser desenvolvidas no campo da disciplina, ressalvou”.
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