sábado, fevereiro 11, 2012

Estudo: Hospitais e centros de saúde podem poupar até 1.400 milhões...

Diz o Económico que "os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm margem para cortar cerca de 804 milhões de euros em custos em excesso, conclui o estudo "Custos e Preços na Saúde". Um valor significativo, tendo em conta que os hospitais representam cerca de 50% da despesa em saúde. Mas nos cuidados de saúde primários - tema que esteve em debate na Escola Nacional de Saúde Pública - o desperdício pode ser ainda mais gritante: os autores do estudo consideram que os potenciais custos evitáveis variam entre os 300 e os 600 milhões de euros por ano. É no internamento que a margem de poupança é maior: "O montante dos custos totais dos episódios de internamento poderia ser reduzido em 12%, destacando-se a redução dos dias de internamento excessivos", conclui o estudo liderado por Carlos Costa. Mas as políticas de saúde dos últimos governos não têm ido do sentido de cortar no desperdício. Pelo contrário, conclui o estudo, têm "feito um grande apelo ao aumento da produção hospitalar e eventualmente à inadequação de algumas admissões hospitalares". Assim, para arrepiar caminho, "torna-se imperioso penalizar as organizações prestadoras que por problemas de acessibilidade ou na gestão da doença, originam que o tratamento ocorra numa fase mais adiantada da doença". Outra das recomendações passa pelo desenvolvimento de um "modelo de avaliação do desempenho de todas as organizações de saúde". O estudo conclui ainda que os hospitais devem estar "sobre maior escrutínio público e serem alvo de avaliação constante".

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