quinta-feira, agosto 25, 2011

Motins na Inglaterra: Mensagens do Twitter não originaram onda de violência

Li hoje aqui, um texto da Lusa, segundo o qual "um estudo divulgado pelo jornal britânico The Guardian descarta a hipótese de a onda de violência, que assolou várias cidades britânicas no início do mês, ter tido origem em mensagens da rede social Twitter. A partir da análise de “tweets” [mensagens] colocadas naquela rede social durante os distúrbios, o jornal britânico The Guardian, responsável pelo estudo, concluiu que o Twitter foi utilizado para trocar informação sobre o que ocorria nas cidades inglesas, mas não para fomentar a violência. A análise feita à atividade da rede social entre 06 e 09 de agosto demonstra que a troca de mensagens em que são referidos os distúrbios só aumenta depois de os meios de comunicação social confirmarem o local onde ocorriam. Apesar disso, o estudo adverte que “não se pode assegurar que [o Twitter] não tenha desempenhado qualquer papel” no sentido de fomentar a violência. O estudo destaca que mais de 206 mil “tweets”, cerca de oito por cento do total de mensagens analisadas, são dedicados a organizar equipas de limpeza das ruas. As conclusões do estudo de The Guardian foram tornadas públicas no dia quem os responsáveis das redes sociais Facebook, Twitter e da Research Motion (fabricante dos telemóveis BlackBerry) se reuniram com a ministra britânica do Interior para debaterem as medidas que estão a ser preparadas pelo executivo a fim de evitar novos distúrbios. De acordo com várias notícias veiculadas um pouco por todo o mundo, o Facebook, o Twitter e o serviço de ‘chat’ gratuito Blackberry Messenger (um dos serviços de telemóvel mais utilizado pelos jovens no Reino Unido exatamente pela sua privacidade) foram os meios utilizados para se organizarem os motins, continuando a servir a propagação rápida da informação para encorajar e alastrar a onda de violência por todo o país. O primeiro-ministro britânico revelou recentemente a sua intenção de trabalhar com a polícia, os serviços e a indústria para analisar a possibilidade de “cortar as comunicações” através das redes sociais “quando alguém planeia atos desordeiros e criminais”. Na altura em que ocorreram os motins, um porta-voz da polícia admitiu que as autoridades ponderaram a hipótese de proibir o acesso a sites como o Twitter e o Facebook, mas que decidiram não o fazerem por desconhecerem se teriam capacidade legal para tomarem uma medida desse género. O Reino Unido viveu no início deste mês os piores motins desde há 30 anos. Centenas de lojas foram atacadas e destruídas e vários edifícios foram incendiados. A polícia britânica fez mais de 3.000 detenções na sequência dos tumultos que começaram a 06 de agosto no bairro de Tottenham e depois se espalharam a mais zonas de Londres e a outras cidades inglesas. Durante a onda de violência urbana morreram cinco pessoas, três em Birmingham e duas em Londres”.

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