Diz o semanário Sol, num texto do jornalista Luís Rosa, que “o DIAP de Lisboa comunicou à Entidade das Contas dos partidos o despacho de acusação do ‘caso Figo’, onde se concluiu que os contratos da PT e do Taguspark com o jogador visaram o apoio eleitoral a Sócrates. O PS, Rui Pedro Soares (ex-administrador executivo da PT), Américo Thomati e João Carlos Silva (presidente e administrador executivo do Taguspark, respectivamente) podem vir a ser investigados por suspeitas de financiamento partidário ilícito. Em causa está o facto de o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa considera, na acusação do ‘caso Luís Figo’, que o Taguspark (empresa de capitais maioritariamente públicos que gere um parque tecnológico em Oeiras) apenas assinou um contrato de imagem com Luís Figo, no valor de 750 mil euros, em troca do apoio público do ex-futebolista a José Sócrates, nas legislativas de Setembro do ano passado. O mesmo aconteceu com um contrato que foi assinado entre a PT e uma empresa onde Luís Figo tem uma participação. «Por decisão dos arguidos [Rui Pedro Soares, Américo Thomati e João Carlos Silva], a celebração do referido contrato constituiu um expediente para, através de uma remuneração anual, pelo período convencionado de três anos, alcançarem, da parte de Luís Figo, um apoio político-partidário determinado», considerou Teresa Almeida, procuradora titular do inquérito ao ‘caso Figo’. A abertura de um inquérito-crime a esse alegado financiamento partidário ilícito, crime punível com prisão de 1 a 3 anos, depende agora da Entidade das Contas e dos Financiamentos Políticos (ECFP). Segundo a lei, o procedimento criminal por financiamento proibido depende de queixa deste órgão do Tribunal Constitucional. Por isso é que não foi extraída uma certidão do ‘caso Figo’ e aberto já um inquérito autónomo. A procuradora Teresa Almeida, titular dos autos, decidiu enviar o seu despacho de acusação para a ECFP. Esta irá assim analisar os elementos recolhidos pela Polícia Judiciária e pelo DIAP e verificar se o PS declarou o apoio dado pelo Taguspark e pela PT. Se concluir que os mesmos configuram financiamento proibido, terá que fazer queixa no Ministério Público”.
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