Voto de congratulação
O temporal de 20 de Fevereiro, que assolou tragicamente a Madeira com uma dimensão que ainda hoje todos retemos, tem constituído pretexto, lamentavelmente, para oportunismo por parte de alguns partidos da oposição que não deram qualquer contributo válido para a resolução da crise decorrente desses acontecimentos, mas que se perdem numa disputa para a apresentação multiplicada de propostas que de uma maneira geral, revelam uma doentia suspeição e uma deliberada intenção deliberada de manipulação dos factos, de intoxicação da opinião pública madeirense e de branqueamento de comportamentos.
Contudo, tem o Partido Social Democrata a convicção que os Madeirenses saberão sempre distinguir entre os que decidem e fazem, respondendo dentro das suas possibilidades às exigências, e os que passam o tempo a inventar “propostas” ou a perder-se em pedidos de comissões de inquérito, a formularem propostas visando a retirada de mais receitas à Madeira ou a fazer declarações que revelam que a política também se faz, lamentavelmente, com oportunismos e oportunistas.
Considera o Partido Social Democrata absolutamente intolerável que, a reboque de trágicos acontecimentos, que causaram muita dor e destruição na nossa Região, que ainda marcam de luto muitas famílias e que geraram manifestações de solidariedade e de apoio que determinam a nossa gratidão, alguns partidos e políticos da oposição, irresponsavelmente, numa demonstração do que é a falta de ética e de regras, valorizem considerações político-partidárias, tentando retirar benefício de situações que os incomodam porque deixaram de constituir um pretexto para o desencadear de ataques contra a Região e os seus governantes ou de manobras de bastidores contra a Madeira.
O Partido Social Democrata considera exemplar que o Primeiro-Ministro e o Presidente do Governo Regional da Madeira, na sequência dos acontecimentos de 20 de Fevereiro na Madeira, tenham sido capazes de construir pontes de diálogo pelas quais sempre pugnamos e tenham encontrado adequados mecanismos de diálogo e modelos de trabalho que viabilizem a resposta que a situação exige.
O Partido Social Democrata entende que este clima de diálogo teria sido possível noutras ocasiões, caso não se tivessem verificado tentativas desesperadas de boicote, de deturpação e de manipulação de situações ou de decisões por parte de partidos que, agora, branqueando comportamentos deliberadamente prejudiciais para a Madeira e o seu Povo, se refugiam no absurdo oportunista de posição políticas e na retórica sejam credibilidade ou coerência.
Assim sendo o Partido Social Democrata repudia o oportunismo desonesto de alguns políticos e partidos, e manifesta a sua congratulação pelo facto dos Governos da República e da Região terem encontrado um clima de diálogo, de abordagem construtiva da situação pós-20 de Fevereiro, entendimento que desejamos constitua uma alavanca para que sejam encontradas as respostas que a Região precisa incluindo os recursos financeiros para podermos acelerar o processo de reconstrução e de satisfação das exigências das pessoas que viram os seus bens destruídos.
Congratula-se o Partido Social Democrata com o facto deste diálogo institucional entre a República e a Região, que preocupa e incomoda quem agora, desesperado, tudo faz para dele se aproveitar, constitua uma oportunidade para a normalização de relações que há muito deveriam estar resolvidas, não fossem as traições sistemáticas contra a Madeira e os Madeirenses por parte de quem nunca hesitou em dar prioridade aos interesses políticos, partidários e eleitorais, mesmo que daí resultassem prejuízos para a nossa terra e o seu Povo. Ao contrário, por exemplo, do Presidente do Governo Regional que sempre colocou, acima de interesses partidários e políticos, os interesses da nossa Região e dos Madeirenses,
Nesta conformidade a Assembleia Legislativa da Madeira congratula-se, e aprova o presente voto de congratulação, pelo facto dos governos da República e da Região terem encontrado formas de diálogo e de trabalho comum, ignorando pressões e todas as tentativas de manipulação ou de partidarização de assuntos demasiado sérios para permitirem qualquer tolerância com formas de oportunismo partidário desesperado e sectário que pensam mais em votos que nas pessoas e na Madeira. E manifesta a esperança que, deste diálogo institucional, possam resultar, decisões que permitam à Madeira, contando sempre com a solidariedade da República e da União Europeia, levar a esperança às pessoas, às famílias e às empresas, para que a normalidade seja rapidamente restabelecida a todos os níveis e esquecer rapidamente, e tanto quanto possível, as marcas do temporal de 20 de Fevereiro.
Funchal, 13 de Abril de 2010".
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