Esta semana será decisiva para o PSD, dada a realização do primeiro de dois congressos, este destinado a uma discussão mais política e estatuária (?). Mas será uma semana decisiva, caso seja esse o interesse e o empenho do PSD. A primeira questão a ser desmistificada, em meu entender, tem a ver com o facto do congresso do próximo fim-de-semana pode ser apenas uma tentativa de ganhar tempo para que a candidatura de Pedro Passos Coelho, inquestionavelmente em vantagem relativamente às duas outras conhecidas (Rangel e Branco). Se o PSD, naquilo que poderia ser um erro clamoroso, provavelmente decisivo para o seu desaparecimento, entender que o problema do partido é apenas o de discutir lideranças, e não o de questionar programas, ideologia, práticas internas de gestão do partido, utilização abusiva de ficheiros e de funções exercidas no passado, manipulação das distritais do partido, tentativa de condicionamento da liberdade dos militantes-eleitores do PSD, papel de certos ”barões” que parecem irredutíveis em largar mão de um partido que reclamam como sua propriedade, etc, então vamos ter mais do mesmo e o PSD não passará de uma porcaria de uma despensa – para não ser mais contundente – do PS, porque apenas mais do mesmo, longe da alternativa de poder, uma alternativa com credibilidade, susceptível de gerar confiança, de apresentar propostas concretas e de não andar a reboque dos socialistas, como lamentavelmente aconteceu com Coelho a propósito da Lei das Finanças Regionais, cujas posições revelaram uma inadmissível falta de solidariedade para com a única região do país onde o PSD pode ter esperanças de sobrevivência. O comportamento de Coelho foi idiota e hipócrita, mesmo que à imagem e semelhança do que pensam os seus mentores, dos quais Coelho não passa de um pau-mandado a fazer lembrar aqueles bonecos manipuláveis. Por isso, é uma pessoa que não gera confiança, embora desconfie que há indivíduos no PSD-Madeira, daqueles que nunca tiveram nem ética, nem ideologia, que aderem aos partidos por oportunismo ou procura de lugares, e que, por isso, são capazes de votar em Coelho e na sua falta de solidariedade para com a Região, como teremos oportunidade de constatar nas “directas” Porque no fundo são uma ramificação repugnante de negócios e negociatas, de jogos e dos joguetes de interesses e dos interesses que caracterizam esta investida de Coelho e seus mentores de assalto ao poder no partido.
Coelho e as suas “toupeiras” nunca falaram abertamente contra vetos investimentos públicos que escondem potenciais negociatas, uma distribuição do “pãozinho” por várias aldeias, nunca criticou os mais de 4.500 milhões de euros espatifados pelo Estado no BPN, até hoje sem percebermos porque motivo, se foi ou não para salvar depositantes e instituições. Coelho e as suas “toupeiras” nunca criticaram o esbanjamento de dinheiro pelo Estado (leia-se pelo governo socialista), nunca dedicou um minuto que fosse a denunciar contundentemente a máfia da corrupção e a gatunagem que está a ser investigada e que destrói o Estado e a credibilidade da política, nunca criticaram questões essenciais da política governativa socialista, não hoje, pelo facto de Coelho ser um ambicioso candidato ao assalto ao poder no PSD, mas desde 2005, quando começamos a perceber todos que estávamos no mau caminho. Coelho e as suas “toupeiras”, ainda sobre a Lei de Finanças Regionais. Nunca disseram nada sobre o assunto, quando a Madeira foi deliberadamente prejudicada em 2007 por uma lei que reduziu substancialmente as transferências do Estado em benefício dos Açores. Calaram-se então, Coelho e as suas “toupeiras”. E nem mesmo o facto de se tratar de uma pessoa sem nível, ambiciosa e disposta a tudo, e que tem curiosas ligações a certos sectores social-democratas locais, serve de justificação.
Este caso tem duas perspectivas de análises possíveis: ou Coelho falou, quando deveria ter estado calado (patética e absurda foi a associação que fez entre a LFR e o facto dos funcionários públicos não serem aumentados) - mesmo que pensasse o que pensa porque isso não nos aquece nem arrefece - ou julga que nos engana a todos e parte do pressuposto que acredito errado, de que ao atacar a Madeira e particularmente Jardim, ganha votos no seio do PSD.
Tenho cada vez mais a sensação de que há grupos mafiosos, com interesses vários no sector empresarial e nos negócios (com o Estado…), que estão a querer apoderar-se do PSD perante a complacência das bases que normalmente reagem exemplarmente contra estas investidas de hipócritas oportunistas. Tenho a sensação de que existem projectos políticos mais amplos, a pensar no futuro, numa eventual partilha de poder que passam pela criação de um novo centrão, com características e protagonistas novos, mas apostado apenas em manter ou partilhar os privilégios do poder, garantir a sobrevivência no poder (ou um lugar à mesa do orçamento) de interesses e de conhecidas figuras que por aí deambulam entre negócios e política.
Confesso igualmente as minhas reservas a pretensos “salvadores” da pátria, que independentemente do seu mérito, competência, respeitabilidade, a verdade é que não passam de pessoas que ganharam mediatismo a reboque da comunicação social, particularmente da televisão, que por vezes se perdem a dar ênfase a questões ridículas e absurdas, e que precisam de uma estabilidade emocional e de coerência para assumirem a liderança de partidos. Desconfio e tenho medo de “salvadores” que se fazem desinteressados – ao estilo do “agarrem-se senão atiro-me” – que estão na periferia do PSD, permanentemente a comentarem o congresso e a desvalorizá-lo porque sonham com cenários absurdos e irrealistas, ate porque não vivemos em partidos políticos são velho estilo do estalinismo. Ou será que a recentemente reeleição de César no PS dos Açores, com quase 100% dos votos mas perto de 70% de abstenções é que legitima a liderança?!
Coelho e as suas “toupeiras” nunca falaram abertamente contra vetos investimentos públicos que escondem potenciais negociatas, uma distribuição do “pãozinho” por várias aldeias, nunca criticou os mais de 4.500 milhões de euros espatifados pelo Estado no BPN, até hoje sem percebermos porque motivo, se foi ou não para salvar depositantes e instituições. Coelho e as suas “toupeiras” nunca criticaram o esbanjamento de dinheiro pelo Estado (leia-se pelo governo socialista), nunca dedicou um minuto que fosse a denunciar contundentemente a máfia da corrupção e a gatunagem que está a ser investigada e que destrói o Estado e a credibilidade da política, nunca criticaram questões essenciais da política governativa socialista, não hoje, pelo facto de Coelho ser um ambicioso candidato ao assalto ao poder no PSD, mas desde 2005, quando começamos a perceber todos que estávamos no mau caminho. Coelho e as suas “toupeiras”, ainda sobre a Lei de Finanças Regionais. Nunca disseram nada sobre o assunto, quando a Madeira foi deliberadamente prejudicada em 2007 por uma lei que reduziu substancialmente as transferências do Estado em benefício dos Açores. Calaram-se então, Coelho e as suas “toupeiras”. E nem mesmo o facto de se tratar de uma pessoa sem nível, ambiciosa e disposta a tudo, e que tem curiosas ligações a certos sectores social-democratas locais, serve de justificação.
Este caso tem duas perspectivas de análises possíveis: ou Coelho falou, quando deveria ter estado calado (patética e absurda foi a associação que fez entre a LFR e o facto dos funcionários públicos não serem aumentados) - mesmo que pensasse o que pensa porque isso não nos aquece nem arrefece - ou julga que nos engana a todos e parte do pressuposto que acredito errado, de que ao atacar a Madeira e particularmente Jardim, ganha votos no seio do PSD.
Tenho cada vez mais a sensação de que há grupos mafiosos, com interesses vários no sector empresarial e nos negócios (com o Estado…), que estão a querer apoderar-se do PSD perante a complacência das bases que normalmente reagem exemplarmente contra estas investidas de hipócritas oportunistas. Tenho a sensação de que existem projectos políticos mais amplos, a pensar no futuro, numa eventual partilha de poder que passam pela criação de um novo centrão, com características e protagonistas novos, mas apostado apenas em manter ou partilhar os privilégios do poder, garantir a sobrevivência no poder (ou um lugar à mesa do orçamento) de interesses e de conhecidas figuras que por aí deambulam entre negócios e política.
Confesso igualmente as minhas reservas a pretensos “salvadores” da pátria, que independentemente do seu mérito, competência, respeitabilidade, a verdade é que não passam de pessoas que ganharam mediatismo a reboque da comunicação social, particularmente da televisão, que por vezes se perdem a dar ênfase a questões ridículas e absurdas, e que precisam de uma estabilidade emocional e de coerência para assumirem a liderança de partidos. Desconfio e tenho medo de “salvadores” que se fazem desinteressados – ao estilo do “agarrem-se senão atiro-me” – que estão na periferia do PSD, permanentemente a comentarem o congresso e a desvalorizá-lo porque sonham com cenários absurdos e irrealistas, ate porque não vivemos em partidos políticos são velho estilo do estalinismo. Ou será que a recentemente reeleição de César no PS dos Açores, com quase 100% dos votos mas perto de 70% de abstenções é que legitima a liderança?!
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