quarta-feira, março 31, 2010

Audiências de televisão: questão de género?

Homens e mulheres revelam diferentes padrões de consumo de televisão. E essas preferências também mudam ao longo do tempo, como o confirma a análise Uma Década de Audiências em Portugal, que o Grupo Marktest lançou recentemente. Os dados disponíveis na análise Uma Década de Audiências em Portugal, que o Grupo Marktest lançou recentemente, permitem ver como homens e mulheres revelam preferências diferentes face aos programas de televisão oferecidos pela RTP1, RTP2, SIC e TVI. De facto, os dados da Marktest Audimetria/MediaMonitor relativos ao ano 2009, mostram que os programas de desporto são aqueles com os quais os homens apresentam uma relação mais favorável identificada pelo índice Alp% (que relaciona o peso que os programas têm na estrutura do consumo televisivo e o seu peso na estrutura da programação dos canais). Os programas informativos são os segundos a mostrar melhor relação entre o consumo pelos homens e a oferta dos canais. Os gráficos permitem comparar este índice em dois momentos, em 2000 e em 2009, e é clara a alteração de preferências, pois os programas de ficção, informação e publicidade tendem a ganhar importância relativa no consumo de televisão dos homens, ao passo que os programas de divertimento são aqueles cujo índice alp% para os homens (que mede uma certa atractividade do programa) mais baixa nestes dois momentos.

A estrutura de audiência de televisão das mulheres mostra um perfil diferente, mas também permite identificar mudanças nas preferências delas. Assim, entre as mulheres a melhor relação entre a sua audiência e a oferta dos canais regista-se nos programas de ficção e divertimento, com quem as mulheres têm mais afinidade, mas estas preferências também se alteraram ao longo da última década, sendo especialmente visível a quebra do índice alp% dos programas de divertimento.

Os dados utilizados nesta análise constam da publicação Uma Década de Audiências em Portugal que o Grupo Marktest editou recentemente. (fonte: Marktest.com, Março de 2010)

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