Eu acho deprimente, sinceramente, o papel do PSD na comissão de inquérito que na Assembleia da Republica perde tempo a ouvir jornalistas, directores de meios de comunicação social e gestores de meios de informação. Já estou como Almeida Santos: “Isto não vai dar em nada”! Para além de uma péssima escolha, quanto ao seu deputado envolvido mais directamente nas perguntas feitas aos convidados da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura (deputado Pedro Duarte), fica-me a sensação de que, além de um desconhecimento do que fala, pretende visar as pessoas e envolver-se em aspectos da vida privada das pessoas o que é lamentável e confrangedor. Confesso, mas esta é a minha opinião, que a Assembleia da República, nestes domínios está a ultrapassar os limites do aceitável e do tolerável. Além disso não sou dos que acreditam que exista qualquer campanha organizada de ataque à liberdade de expressão, só porque alguém diz ou suspeita disso. Mas isto nada tem a ver com movimentações, golpadas e campanhas ao nível político-empresarial, mesmo que tenha dúvidas que os grupos económicos possam condicionar – o que é diferente de manipulá-los - os meios de comunicação que eventualmente possam ter ao seu dispor ou sejam proprietários, sem que isso passe despercebido, impunemente ou não seja denunciado. Mas no caso português existem muitas dúvidas que persistem sem resposta porque os deputados politizaram as audições, há um radicalismo partidário que não deveria ser tolerado, porque impede a verdade., e aos ataques da oposição responde o PSD com dislates e o branqueamento de pessoas com responsabilidades na degradação do sector.
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