terça-feira, março 16, 2010

Dignidade e confusão

Coerência é uma questão de princípio, não apenas uma bandeira que se usa conforme interessa ou não. Democracia e liberdade são duas realidades que foram conquistadas, não característica da sociedade portuguesa que para alguns parecem ter feito sempre dela parte. Quando se defende a legitimidade de um partido democrático para criticar procedimentos e posturas de outros partidos, em primeiro lugar há que dar o exemplo. E não dizer asneiradas. Uma coisa é a liberdade de criticar - e recordo que mais vale falarem do que sabem ou leram - outra coisa é dar uma triste imagem de submissão que chega a ser chocante pela falta de dignidade que ela representa. E a pessoas que não sofrem de memória curta, como é o meu caso, então é tempo perdido. As normas estatutárias que impõem regras aos militantes, incluindo a possibilidade de serem expulsos, constam dos Estatutos de todos os partidos. A lei da rolha de Santana Lopes - realmente a pessoa mais indicada e um "exemplo" vivo do que é militância branca... - é outra coisa. E para falar dessa proposta, estranhamente aprovada no mesmo dia em, que foi deliberadamente provocada falta de quorum na sala para que não fosse votada a proposta sobre "directas" (vá lá saber-se porquê, não é....), há que conhece-la e lê-la. Quando ao recto dispenso-me comentários porque há situações com as quais não perco tempo. Pessoas sem legitimidade e que se armam em "cavalos de corridas" - já se esqueceram de Maio de 2007? - existem por aí em todas as esquinas.

Sem comentários: