sexta-feira, março 05, 2010

Açores: Governo suspende plano de turismo e aperta malha em São Miguel

Diz o Correio dos Açores, num texto do jornalista João Paz, que "o governo dos Açores quer suspender o Plano de Ordenamento Turístico dos Açores e aplicar medidas cautelares no crescimento do parque hoteleiro da ilha de São Miguel. De harmonia com estas medidas de precaução, estabelecidas em legislação assinada pelo próprio presidente do governo, Carlos César, só podem ser construídos novas unidades hoteleiras em São Miguel ligadas à natureza, com forte componente de animação turística e projectos temáticos que, nomeadamente, desenvolvam aspectos específicos da cultura ou da agricultura açoriana. A comissão de turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, presidida por Luís Cogumbreiro, esteve ontem reunido para elaborar um parecer sobre esta alteração que deverá ser analisado na reunião de hoje da direcção do organismo que defende os interesses do sector empresarial de São Miguel e Santa Maria.O governo dos Açores pretende suspender, parcialmente, o Plano de Ordenamento Turístico da Região, eliminando o artigo que apontava para um crescimento de 15.500 camas em 2015 com uma bolsa de 1551 camas como uma reserva destinada a fazer face a dinâmicas insulares. O diploma, assinado pelo próprio presidente do governo, Carlos César, já foi entregue na Assembleia Legislativa Regional. O Plano previa um crescimento em sete anos das 4.854 camas (57,1% do total) que existiam em Abril de 2005 na ilha de São Miguel para 7.605 camas, podendo com a reserva chegar às 8.366 camas em 2015. No total da Região, o Plano previa um crescimento das 8.093 camas existentes em 2005 para as 15.500 camas em 2015, podendo chegar com a reserva às 17.051 camas. O artigo seis do Plano de Ordenamento Turístico, além de definir os crescimentos do número de camas por ilha, cria a bolsa de 1551 camas como uma reserva destinada a fazer face a dinâmicas insulares não susceptíveis de serem previstas à distância e ou projectos com especial significado estratégico não comportados pelos limites remanescentes para cada uma das ilhas num determinado momento”.

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