O Ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, poderá ter informado José Sócrates que se for obrigado a alterar os critérios da lei de finanças regionais – que recentemente defendeu – por imposição da Assembleia da República, dificilmente deixará de apresentar a sua demissão. Esta informação foi-me confidenciada por uma fonte geralmente bem informada, que confirma que o debate sobre a Lei de Finanças Regionais tem-se realizado “nos jornais e nos círculos parlamentares em Lisboa”, mas completamente ao lado do governo. Teixeira dos Santos, sublinharam-me, terá considerado a José Sócrates “intolerável” que seja obrigado a tomar posições diferentes daquelas que sempre defendeu até hoje em materi adqas finanças regionais, alegando que qualquer alteração à LFR teria também que envolver os Açores e implicaria uma reacção imediata dos Municípios. Embora também sem confirmação, caso esse cenário venha a acontecer, o próprio José Sócrates já admitiu, em círculos restritos, e da sua confiança pessoal, que apresentaria a demissão a Cavaco Silvam, lançando o país numa crise, ainda por cima com uma situação orçamental e financeira gravíssima. Em qualquer dos casos, consta-me que o PS poderá ainda esta semana, de modo informal, deixar ”correr” esta mensagem, facto que obrigaria alguns partidos da oposição a travar nas suas intenções. Por outro lado, há no PSD nacional quem comece a discordar das posições isoladas assumidas pelos deputados eleitos pela Madeira. Uma questão é, repito, a pretendida alteração da lei de finanças regionais (que poderia ser alterada em 2014), outra coisa é a possibilidade da Madeira, a reboque do orçamento rectificativo do Estado em discussão na Assembleia da República, poder beneficiar de uma autorização para a contracção de um empréstimo de cerca de 130 milhões de euros.
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