O Presidente do PSD da Madeira estará a ser pressionado por alguns sectores social-democratas continentais para que avance com uma candidatura à liderança do PSD nacional independentemente da atitude que for tomada por Pedro Passos Coelho que já reafirmou que não desistirá. De acordo com as minhas fontes, que consideraram "falhada" a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, há uma teoria que aos poucos se vai apoderando de diversos sectores distritais e inclusivamente das bases do partido, que o problema essencial do PSD prende-se com um regresso ideológico às origens, e por uma profunda remodelação no modelo de funcionamento do partido. Jardim, segundo apurei hoje, era visto como uma solução possível, mas tudo dependendo, uma vez mais, da sua decisão. Uma coisa é certa: AJJ não contará com uma candidatura isolada, porque se isso fosse possível, MRS já teria avançado. O problema é que o líder madeirense - que hoje num discurso proferido numa organização de bombeiros do Funchal, deixou claramente algumas “insinuações” que confirmam este cenário – é que os sectores que viam com bons olhos o avançar de Jardim, duvidam que ele o faça, tal como aconteceu em Maio de 2009Uma eventual candidatura de Jardim, encarada não como uma candidatura contra Passos Coelho, para como uma candidatura viabilizadora do retorno do partido às origens programáticas e ideológicas do partido fundado por Sá Carneiro. Esta pressão sobre Jardim surgiu depois de uma entrevista de PPC ao Jornal de Notícias, considerada estrategicamente desastrosa, devido à agressividade da mesma. Não consegui contudo confirmar – embora tal cenário me tivesse sido dado como adquirido – se a candidatura de João Jardim à liderança do PSD seria suficiente que o grupo afecto a Ferreira Leite, abdique de tal cenário, sobretudo depois da derrota de Bacelar Gouveia em Lisboa cujo envolvimento na corrida para a distrital da capital foi considerado inqualificável por parte de um deputado que há dois meses foi eleito deputado à Assembleia da República por…Faro! Os próximos dez dias, segundo apurei, são considerados decisivos para que uma decisão seja tomada e o PSD nacional comece a pensar numa saída para a sua actual situação de indesmentível fragilidade. Ao contrário de PPC, João Jardim é deputado à Assembleia da República, estando demonstrado, por situações anteriores (Marques Mendes, Filipe Menezes e Ferreira Leite, antes das eleições deste ano) que assumiram a liderança sem estarem em S.Bento. Também há alguns sectores, nomeadamente entre os seus apoiantes de Maio do ano passado, quando abandonou uma candidatura à liderança do PSD, que estava viabilizada, que João Jardim está a fazer "bluff" e que já desistiu de pensar na liderança do PSD nacional.
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