Garante a jornalista Rute Araújo do Jornal I, num texto denominado “Contas da saúde derrapam e prejuízo chega aos 71 milhões” que é possível melhorar a gestão do SNS: “A frase é do programa do governo para os próximos quatro anos e ganha agora uma importância redobrada para a ministra Ana Jorge, com os números divulgados pela Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS). Em Setembro, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) teve prejuízos de 71,1 milhões de euros, um agravamento de 162% em relação ao mesmo período de 2008. A despesa com a comparticipação de medicamentos vendidos nas farmácias disparou em 4,4%, os gastos com pessoal 3,7% e os meios de diagnóstico 7,1%. No universo dos hospitais com gestão empresarial (EPE), os números não são melhores. Em 2008, os hospitais EPE já tinham fechado o ano com 192,7 milhões de saldo negativo. Em 2009, e excluíndo o Amadora-Sintra, a situação está ainda pior, com o prejuízo a fixar-se em 218,2 milhões de euros em Setembro. Despesa com medicamentos? Subiu 8,9%. Gasto com serviços externos? Cresceu 8,8%. Custo com pessoal? Aumentou 4,4%. Os primeiros anos de Correia de Campos à frente da pasta da Saúde foram marcados pelo discurso da contenção da despesa e, atendendo aos maus resultados agora divulgados, a palavra contenção terá de entrar no léxico da sua sucessora Ana Jorge. Se o governo avançar com a promessa de avaliar os gestores hospitalares pelos resultados apresentados - entretanto reinscrita no programa de governo - os resultados financeiros deste ano deixarão várias administrações em maus lençóis. E as medidas aprovadas para resolver o problema crónico dos atrasos no pagamento à indústria farmacêutica ameaçam cair em saco roto. O Fundo criado com o capital social dos hospitais para pagar a horas não chegou para reduzir os volumes de facturas em atraso: o fim do ano aproxima-se e a dívida ascende a 596,1 milhões de euros, de acordo com a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica. No início do ano, o então secretário de Estado já tinha avisado que este fundo seria um instrumento de avaliação e, através dos emprésticos dados a cada unidade, seria "possível perceber de forma transparente a sua situação financeira". Mas, por enquanto, a ACSS apenas tem disponíveis dados de Junho”.terça-feira, dezembro 08, 2009
Por isto ele não ameaça demitir-se (II)
Garante a jornalista Rute Araújo do Jornal I, num texto denominado “Contas da saúde derrapam e prejuízo chega aos 71 milhões” que é possível melhorar a gestão do SNS: “A frase é do programa do governo para os próximos quatro anos e ganha agora uma importância redobrada para a ministra Ana Jorge, com os números divulgados pela Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS). Em Setembro, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) teve prejuízos de 71,1 milhões de euros, um agravamento de 162% em relação ao mesmo período de 2008. A despesa com a comparticipação de medicamentos vendidos nas farmácias disparou em 4,4%, os gastos com pessoal 3,7% e os meios de diagnóstico 7,1%. No universo dos hospitais com gestão empresarial (EPE), os números não são melhores. Em 2008, os hospitais EPE já tinham fechado o ano com 192,7 milhões de saldo negativo. Em 2009, e excluíndo o Amadora-Sintra, a situação está ainda pior, com o prejuízo a fixar-se em 218,2 milhões de euros em Setembro. Despesa com medicamentos? Subiu 8,9%. Gasto com serviços externos? Cresceu 8,8%. Custo com pessoal? Aumentou 4,4%. Os primeiros anos de Correia de Campos à frente da pasta da Saúde foram marcados pelo discurso da contenção da despesa e, atendendo aos maus resultados agora divulgados, a palavra contenção terá de entrar no léxico da sua sucessora Ana Jorge. Se o governo avançar com a promessa de avaliar os gestores hospitalares pelos resultados apresentados - entretanto reinscrita no programa de governo - os resultados financeiros deste ano deixarão várias administrações em maus lençóis. E as medidas aprovadas para resolver o problema crónico dos atrasos no pagamento à indústria farmacêutica ameaçam cair em saco roto. O Fundo criado com o capital social dos hospitais para pagar a horas não chegou para reduzir os volumes de facturas em atraso: o fim do ano aproxima-se e a dívida ascende a 596,1 milhões de euros, de acordo com a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica. No início do ano, o então secretário de Estado já tinha avisado que este fundo seria um instrumento de avaliação e, através dos emprésticos dados a cada unidade, seria "possível perceber de forma transparente a sua situação financeira". Mas, por enquanto, a ACSS apenas tem disponíveis dados de Junho”.
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