Estou desejando de ler a imprensa de hoje para constatar a confusão acerca do tal novo partido que Alberto João Jardim ia criar. Ontem várias foram as pessoas que me contactaram para saber o que pensava deste anúncio de um novo partido. Para elas isso era um dado adquirido. O que lhes disse foi isto: se Jardim quisesse constituir um novo partido não o teria anunciado no comício de anteontem? Porque haveria de o fazer ontem no areal? Mais. Como é que Alberto João Jardim abandonaria a liderança do PSD da Madeira e do Governo Regional e agora envolvia-se num novo projecto partidário, como se isso fosse a solução para o país e como se todos os outros projectos partidários surgidos ao longo destes anos, fora do esquema tradicional do espectro partidário, não constituíram rotundos fracassos. Da parte que me toca, cheguei a uma idade em que depois de uma militância partidária no PSD - desde 1974 - não sou capaz de mudar. O que me parece mais lógico e recomendável, é que a mudança da alegada realidade partidária existente - caso os partidos realmente sejam todos iguais e se revelem incapazes de mudar - comece pelo PSD nacional, por mudá-lo por dentro, com determinação e sem receios, mas nunca lutando contra ele.
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