Já morreram mais de 140 mil pessoas, na Síria. O conflito, que começou faz hoje três anos, já provocou 9 milhões de refugiados. A Unicef alerta para a situação preocupante das crianças.
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sábado, março 15, 2014
sábado, fevereiro 22, 2014
UNICEF pede ajuda para 59 milhões de crianças de 50 países
É
o maior apelo de emergência de sempre. A UNICEF pede ajuda para 59 milhões de
crianças de 50 países. O Apelo Humanitário deste ano 2014 prevê um montante de
1600 milhões de euros, para situações de emergência em larga escala e de grande
complexidade. As deslocações massivas de populações estão a pôr em risco a vida
e o bem-estar de milhões de crianças do planeta.
quinta-feira, março 01, 2012
Situação Mundial da Infância em 2012
"Centenas de milhões de crianças que vivem em cidades grandes e pequenas na sequência de uma urbanização galopante, vêem-se excluídas do acesso a serviços essenciais, alerta a UNICEF no relatório Situação Mundial da Infância 2012: Crianças no Mundo Urbano. O crescimento da urbanização é inevitável. Dentro de poucos anos, a maioria das crianças irá crescer em cidades e não nos meios rurais. Actualmente as crianças nascidas nas cidades já representam 60 por cento do aumento da população urbana. “Excluir as crianças que vivem em bairros degradados não apenas lhes rouba a possibilidade de desenvolverem o seu potencial, como também priva a sociedade dos benefícios económicos resultantes de uma população urbana instruída e saudável”, acrescentou Lake. As cidades oferecem a muitas crianças as vantagens de equipamentos urbanos como escolas, serviços de saúde e espaços recreativos. No entanto, por todo o mundo, as mesmas cidades são também o pano de fundo de algumas das maiores disparidades em termos de saúde, educação e oportunidades para as crianças. As infra-estruturas e os serviços não estão a acompanhar o crescimento urbano em muitas regiões e as necessidades básicas das crianças não estão a ser satisfeitas. É frequente as famílias que vivem na pobreza pagarem mais por serviços de baixa qualidade. A água, por exemplo, pode custar 50 vezes mais em bairros pobres onde os moradores têm de a comprar a privados, do que em bairros mais ricos onde as residências estão directamente ligadas à rede de abastecimento de água. As privações que as crianças enfrentam nas comunidades urbanas pobres são muitas vezes ocultadas por médias estatísticas que agregam todos os habitantes urbanos – tanto ricos como pobres. Quando médias deste tipo são utilizadas para influenciar as políticas urbanas e a alocação de recursos, as necessidades dos mais pobres podem ser subestimadas.
Tornar as cidades adequadas às crianças
É crucial uma abordagem centrada na equidade – o que implica dar prioridade às crianças mais desfavorecidas onde quer que vivam. A UNICEF apela aos governos para que coloquem as crianças no centro do planeamento urbano e para que melhorem e tornem os serviços extensivos a todos. Para começar, são precisos dados mais específicos e rigorosos para ajudar a identificar as disparidades existentes entre as crianças que vivem nos meios urbanos e o modo de superá-las. A escassez de dados prova a negligência a que estas questões têm sido votadas. Embora os governos possam fazer mais, a todos os níveis, o envolvimento das comunidades é também decisivo para obter bons resultados. O relatório apela a um maior reconhecimento dos esforços das comunidades no combate à pobreza urbana e apresenta exemplos de parcerias eficazes com populações urbanas carenciadas, incluindo com crianças e adolescentes. Estas parcerias produzem resultados tangíveis, tais como a melhoria das infra-estruturas públicas no Rio de Janeiro e em São Paulo, no Brasil; o aumento das taxas de alfabetização mais elevadas em Cotacachi, no Equador; e o reforço da preparação para catástrofes em Manila, nas Filipinas. Em Nairobi, no Quénia, vários adolescentes fizeram um levantamento da comunidade do bairro degradado onde vivem com o objectivo de informarem os técnicos de planeamento urbano. Oportunidades, uma iniciativa que teve início no México, projecto pioneiro na utilização de transferências em dinheiro destinadas a aumentar a capacidade de as famílias mais pobres enviarem os filhos à escola e pagarem os cuidados de saúde, foi mais tarde posta em prática em maior escala em zonas urbanas e rurais. Esta experiência revelou-se muito útil também para os países que seguiram o exemplo do México. Ao nível global, a UNICEF e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos [United Nations Human Settlements Programme] (UN-Habitat) trabalham em conjunto há 15 anos na Iniciativa das Cidades Amigas das Crianças, criando parcerias que visam colocar as crianças no centro da agenda urbana, proporcionar serviços e criar áreas protegidas, a fim de que as crianças possam ter a infância segura e saudável a que têm direito. “A urbanização é uma realidade, o que significa que temos de investir mais nas cidades, dando maior atenção à prestação de serviços às crianças mais carenciadas,” afirmou Lake" (fonte: UNICEF)
Tornar as cidades adequadas às crianças
É crucial uma abordagem centrada na equidade – o que implica dar prioridade às crianças mais desfavorecidas onde quer que vivam. A UNICEF apela aos governos para que coloquem as crianças no centro do planeamento urbano e para que melhorem e tornem os serviços extensivos a todos. Para começar, são precisos dados mais específicos e rigorosos para ajudar a identificar as disparidades existentes entre as crianças que vivem nos meios urbanos e o modo de superá-las. A escassez de dados prova a negligência a que estas questões têm sido votadas. Embora os governos possam fazer mais, a todos os níveis, o envolvimento das comunidades é também decisivo para obter bons resultados. O relatório apela a um maior reconhecimento dos esforços das comunidades no combate à pobreza urbana e apresenta exemplos de parcerias eficazes com populações urbanas carenciadas, incluindo com crianças e adolescentes. Estas parcerias produzem resultados tangíveis, tais como a melhoria das infra-estruturas públicas no Rio de Janeiro e em São Paulo, no Brasil; o aumento das taxas de alfabetização mais elevadas em Cotacachi, no Equador; e o reforço da preparação para catástrofes em Manila, nas Filipinas. Em Nairobi, no Quénia, vários adolescentes fizeram um levantamento da comunidade do bairro degradado onde vivem com o objectivo de informarem os técnicos de planeamento urbano. Oportunidades, uma iniciativa que teve início no México, projecto pioneiro na utilização de transferências em dinheiro destinadas a aumentar a capacidade de as famílias mais pobres enviarem os filhos à escola e pagarem os cuidados de saúde, foi mais tarde posta em prática em maior escala em zonas urbanas e rurais. Esta experiência revelou-se muito útil também para os países que seguiram o exemplo do México. Ao nível global, a UNICEF e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos [United Nations Human Settlements Programme] (UN-Habitat) trabalham em conjunto há 15 anos na Iniciativa das Cidades Amigas das Crianças, criando parcerias que visam colocar as crianças no centro da agenda urbana, proporcionar serviços e criar áreas protegidas, a fim de que as crianças possam ter a infância segura e saudável a que têm direito. “A urbanização é uma realidade, o que significa que temos de investir mais nas cidades, dando maior atenção à prestação de serviços às crianças mais carenciadas,” afirmou Lake" (fonte: UNICEF)
quinta-feira, junho 02, 2011
UNICEF: situação mundial da infância (2011)
"Investir agora nos 1.2 mil milhões de adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos pode quebrar ciclos arreigados de pobreza e iniquidade, afirmou hoje a UNICEF no seu relatório Situação Mundial da Infância 2011 intitulado ‘Adolescência: Uma Idade de Oportunidades’. Os fortes investimentos realizados ao longo das últimas duas décadas traduziram-se por enormes ganhos para as crianças até aos dez anos. A descida de 33 por cento na taxa de mortalidade global de menores de cinco anos revela que foram salvas muitas mais vidas, na maior parte das regiões do mundo as raparigas têm quase as mesmas probabilidades de frequentarem o ensino básico, e milhões de crianças beneficiam actualmente de um acesso melhorado a água potável e intervenções cruciais de saúde tais como a vacinação de rotina. Por outro lado, registaram-se menos avanços em áreas que afectam particularmente os adolescentes. Mais de setenta milhões de adolescentes em idade de frequentarem o ensino secundário inicial estão actualmente fora da escola, e a um nível global as raparigas continuam a ficar atrás dos rapazes em termos de participação na escola secundária. Sem educação, os adolescentes não podem desenvolver os conhecimentos e aptidões de que necessitam para enfrentar os riscos de exploração, abusos e violência que se manifestam com maior evidência na segunda década de vida. No Brasil, por exemplo, a vida de 26.000 crianças menores de um ano foi salva entre 1998 e 2008, contribuindo para um decréscimo acentuado da mortalidade infantil. Na mesma década, foram assassinados 81.000 adolescentes brasileiros com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos. “A adolescência é um ponto de viragem – uma oportunidade para consolidar os ganhos alcançados na primeira infância, sob pena de esses ganhos virem a ser apagados,” afirmou Anthony Lake, Director Executivo da UNICEF. “Precisamos de dedicar mais atenção ao propósito de alcançar os adolescentes – em especial as raparigas adolescentes –, investindo na educação, na saúde e noutras medidas a fim de envolvê-los no processo de melhorarem as suas condições de vida.” A adolescência é um período de importância decisiva. É no decurso dessa segunda década da vida que as iniquidades e a pobreza se manifestam com maior evidência. Os jovens que vivem na pobreza ou marginalizados têm menos probabilidades de fazer a transição para o ensino secundário durante a adolescência, e mais probabilidades de serem alvo de exploração, abusos e violência tais como servidão doméstica e casamento na infância – especialmente as raparigas. Nos países em desenvolvimento (excluindo a China), as raparigas adolescentes mais pobres têm aproximadamente três vezes mais probabilidades de se casarem antes dos 18 anos de idade que as raparigas nascidas nos 20 por cento das famílias mais ricas. As raparigas que casam mais cedo correm maiores riscos de ser apanhadas num ciclo negativo de gravidez prematura, elevadas taxas de mortalidade materna e subnutrição infantil. As raparigas enfrentam taxas mais elevadas de violência doméstica e/ou sexual que os rapazes, e são mais susceptíveis ao risco da infecção por VIH.A grande maioria dos actuais adolescentes (88 por cento) vive nos países em desenvolvimento. Muitos desses jovens enfrentam um conjunto ímpar de desafios. Embora os adolescentes no mundo sejam genericamente mais saudáveis do que no passado, muitos riscos de saúde permanecem significativos, incluindo ferimentos e lesões, distúrbios alimentares, abuso de substâncias e questões de saúde mental; estima-se que, aproximadamente, um em cada cinco adolescentes sofra de algum problema de saúde mental ou comportamental. Com 81 milhões de jovens sem trabalho no mundo em 2009, o desemprego juvenil continua a ser uma preocupação em quase todos os países. Um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico exige aptidões que muitos jovens não possuem. Trata-se do resultado não apenas do desperdício dos talentos dos jovens, mas também de uma oportunidade perdida para as comunidades em que eles vivem. Em muitos países as vastas populações de jovens constituem um trunfo demográfico único que é muitas vezes subestimado. Ao investir na educação e formação de jovens, os países podem colher uma importante e produtiva força de trabalho, contribuindo significativamente para o crescimento das economias nacionais. Os adolescentes têm pela frente numerosos desafios globais tanto hoje como no futuro, entre os quais o actual agravamento da agitação económica, as alterações climáticas e a degradação ambiental, uma urbanização e migração explosivas, o envelhecimento das sociedades, os custos crescentes dos cuidados de saúde, e a escalada das crises humanitárias. A fim de que os adolescentes possam lidar com estes desafios de uma maneira eficaz, são necessários investimentos direccionados para as seguintes áreas-chave:• Melhorar a recolha de dados para aumentar a compreensão da situação dos adolescentes e ir ao encontro da realização dos seus direitos;
• Investir na educação e formação para que os adolescentes tenham os meios para se resgatarem da pobreza e contribuir para as suas economias nacionais;
• Investir na educação e formação para que os adolescentes tenham os meios para se resgatarem da pobreza e contribuir para as suas economias nacionais;
• Expandir oportunidades para os jovens participarem e expressarem as suas opiniões, por exemplo em conselhos nacionais de juventude, fóruns de jovens, iniciativas de serviço comunitário, activismo on-line e outros canais que permitem aos adolescentes fazer ouvir a sua voz;
• Promover leis, políticas e programas que protejam os direitos dos adolescentes e lhes permitam ultrapassar as barreiras de acesso aos serviços essenciais;
• Incrementar o combate à pobreza e à iniquidade através de programas sensíveis às crianças a fim de evitar que os adolescentes sejam catapultados prematuramente para a idade adulta.“No mundo, milhões de jovens estão à espera de mais medidas da nossa parte. Proporcionar a todos os jovens as ferramentas de que precisam para melhorar as suas condições de vida irá produzir uma geração de cidadãos economicamente independentes, capazes de se empenharem a fundo na vida cívica e aptos a contribuir activamente para as suas comunidades,” afirmou Lake" (fonte: UNICEF)
• Promover leis, políticas e programas que protejam os direitos dos adolescentes e lhes permitam ultrapassar as barreiras de acesso aos serviços essenciais;
• Incrementar o combate à pobreza e à iniquidade através de programas sensíveis às crianças a fim de evitar que os adolescentes sejam catapultados prematuramente para a idade adulta.“No mundo, milhões de jovens estão à espera de mais medidas da nossa parte. Proporcionar a todos os jovens as ferramentas de que precisam para melhorar as suas condições de vida irá produzir uma geração de cidadãos economicamente independentes, capazes de se empenharem a fundo na vida cívica e aptos a contribuir activamente para as suas comunidades,” afirmou Lake" (fonte: UNICEF)
segunda-feira, fevereiro 28, 2011
Adolescentes: 70 milhões excluídos da escola e 80 milhões sem trabalho
Segundo o Jornal I, "a Unicef apresentou o relatório anual e pela primeira vez aborda a situação dos adolescentes que ficaram em segundo plano face às crianças. Há mais de 70 milhões de adolescentes no mundo que deviam frequentar o ensino secundário, mas estão excluídos da escola. Mais de 20% desta população sofre de algum problema mental ou comportamental e a depressão é a doença mais recorrente. Todos os anos são mais de 70 mil os rapazes e as raparigas que se suicidam. Há ainda 70 milhões de raparigas e mulheres entre os 15 e os 49 anos que já foram submetidas à mutilação genital, a maioria no início da puberdade. São só alguns números que vão ser hoje revelados em Lisboa pela Unicef e que constam no seu relatório "Situação Mundial da Infância 2011", que este ano tem como tema "Adolescência: Uma Idade de Oportunidades". Contrariar a exploração infantil ou promover os direitos das crianças são batalhas que têm vindo a ganhar terreno em todo o mundo - nas últimas duas décadas, a taxa de mortalidade infantil desceu 33% entre as crianças com menos de cinco anos. Só que este não deve ser o único objectivo dos países que tentam quebrar os ciclos de pobreza. É preciso investir a mesma vontade e os mesmos recursos nos adolescentes, que têm ficado em segundo plano, alerta a Unicef. O relatório "Situação Mundial da Infância" debruça-se pela primeira vez "com maior profundidade" sobre os jovens entre os 10 e os 19 anos, idade que corresponde à adolescência, de acordo com a definição da ONU. Até ao ano passado as crianças foram o centro da atenção da Unicef, que vem agora alertar para a urgência de se investir nos 1,2 milhões de adolescentes para fazer recuar a pobreza e diminuir os riscos que enfrentam. Basta recordar que "50% das perturbações mentais acontecem antes dos 14 anos", sublinha o relatório. O fenómeno tem vindo a aumentar nas últimas três décadas e a Unicef atribui à quebra de laços familiares, ao desemprego e às ambições profissionais e emocionais que acabam por não se concretizar. O desemprego é o grande obstáculo que esta faixa etária enfrenta. Com 81 milhões de jovens sem trabalho no mundo, o fenómeno terá tendência a acentuar-se com um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico e uma parte da população sem acesso ao ensino médio ou superior. É por isso que a Unicef insiste na promoção de programas de formação e ainda na melhoria de políticas e na aprovação de leis que protejam os direitos dos jovens. "Prevê-se que a gravidade venha a acentuar-se no decurso da próxima década", lê-se no relatório. Os países em desenvolvimento são os que têm maiores dificuldades em assegurar as condições básicas e 88% dos rapazes e raparigas vivem nessa parte do planeta. Mais de metade desta população está no continente asiático. Tanto o Sul da Ásia como a Ásia Oriental e o Pacífico acolhem 990 milhões habitantes entre os 10 e os 19 anos. O sexo feminino é particularmente vulnerável. Nos países em desenvolvimento (excluindo a China), entre as raparigas pobres a probabilidade de se casarem antes dos 18 anos é três vezes maior que entre as adolescentes nascidas nas famílias de classe média dos países mais ricos. Uma em cada cinco adolescentes entre os 15 e os 19 anos nos países pobres está casada ou vive em união. Em África, 25% das mulheres entre os 20 e os 24 anos tiveram o primeiro filho antes dos 18 anos. Os dados disponíveis em 14 países em desenvolvimento sugerem que elas correm maiores riscos nutricionais do que eles. A anemia é a doença mais comum".
segunda-feira, maio 31, 2010
UNICEF: 1.2 mil milhões de dólares para ajuda de emergência

“O terramoto é um exemplo terrível de mais uma dupla catástrofe, que matou um número muito elevado de haitianos, deitou por terra os seus meios de subsistência e destruiu as infra-estruturas e os sistemas necessários para que a acção humanitária seja eficaz," afirmou. "Mas estamos a conseguir resultados. Esta semana, é lançada uma campanha de imunização para proteger cerca de 500.000 crianças menores de 7 anos contra o sarampo, a difteria e o tétano.”
“Ao mesmo tempo que redobramos esforços para acelerar a prestação de assistência humanitária e protecção de todas as crianças no Haiti, a UNICEF precisa também de se empenhar na melhoria das condições de vida das crianças no resto do mundo,” acrescentou Johnson." As crianças estão a sofrer em muitos lugares e por múltiplas razões. Todas elas precisam da nossa ajuda. Em 2009, o Sudeste Asiático foi abalado por diversas catástrofes em grande escala, naturais e causadas pelo homem, enquanto as emergências no Corno de África, Afeganistão, República Democrática do Congo e Sudão se agravaram,” declarou Johnson. “As crianças estão sempre entre os grupos da população mais duramente afectados, e as catástrofes expõem-nas a maiores riscos de abusos e violações graves dos seus direitos, incluindo a violência sexual, assassínios e mutilações, e ao recrutamento forçado por parte de grupos armados.”Todos os anos, a UNICEF intervém em 200 situações de emergência no mundo. O Relatório de Acção Humanitária 2010 analisa as crises mais graves, aquelas que exigem um apoio de carácter excepcional. Os 28 países e territórios que constam do relatório foram incluídos com base na escala e na natureza crónica ou prolongada das situações de crise, na gravidade das suas repercussões nas crianças e mulheres, e na possibilidade de salvar vidas. É imperativo agir com urgência nestas situações para salvaguardar as suas vidas, assegurar o acesso a água potável, a meios de saneamento e higiene adequados, à saúde e nutrição, bem como proteger as crianças contra as piores formas de violência e maus-tratos, e proporcionar educação às crianças – mesmo nas piores circunstâncias. O Relatório de Acção Humanitária deste ano realça a evolução de fenómenos mundiais, que representam riscos cumulativos para as crianças, nomeadamente as alterações climáticas, a instabilidade económica mundial, e a evolução da natureza dos conflitos – em particular a elevada frequência da violência sexual contra crianças e mulheres. Estes factores vêm acentuar a vulnerabilidade das comunidades mais pobres, e ameaçar a sobrevivência e os direitos fundamentais das crianças. A actual crise financeira mundial, associada à instabilidade dos preços dos alimentos, traduz-se pelo aumento da pobreza e da má nutrição, e ameaça seriamente os progressos para as crianças alcançados nalguns países em desenvolvimento. As crianças e mulheres foram particularmente afectadas. Em 2009, aumentou o número de famílias pobres que foram obrigadas a diminuir as suas refeições e a qualidade da sua alimentação. Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) de 2009, mais de mil milhões de pessoas no mundo passam fome – um aumento de pelo menos 100 milhões relativamente a 2008. Dada a gravidade das crises na Ásia, quer seja no Paquistão e Afeganistão ou nas Filipinas, é previsível que as necessidades financeiras mais do que dupliquem em 2010. Contudo, as maiores necessidades continuam a fazer-se sentir na África subsariana, onde em 2009 cerca de 24 milhões de pessoas no Corno de África foram afectadas pela seca, insegurança alimentar crónica e conflitos armados. No Sudão, Chade, República Centro-Africana e República Democrática do Congo estão a ocorrer movimentos de violência e deslocações em massa da população no interior do país e entre países, bem como problemas de acesso humanitário. A situação continua a ser grave também no Zimbabué, onde se acentuou a vulnerabilidade das crianças e mulheres. O Relatório de Acção Humanitária deste ano põe a tónica nas parcerias. Em todos estes países e territórios, a UNICEF actua com vários parceiros para conseguir resultados, nomeadamente com organizações humanitárias, grupos da sociedade civil, os sectores empresarial e privado, e fundações. Nos últimos anos, a UNICEF e seus parceiros têm feito investimentos importantes na redução de riscos, na capacidade de preparação para situações de emergência, em mecanismos de alerta precoce, e sistemas de resposta e recuperação. A natureza das situações de emergência muda incessantemente, o que implica uma adaptação constante do modo de preparação para crises futuras, e uma antecipação eficaz de novos fenómenos para que seja possível uma acção atempada e viável a recuperação. As parcerias da UNICEF podem contribuir para incentivar a inovação, a comunicação, a participação e a definição de programas que melhoram verdadeiramente a situação de um número sempre crescente de crianças carenciadas. “Juntamente com os seus parceiros, a UNICEF continua a procurar meios inovadores para responder às necessidades urgentes das crianças e mulheres em situação de emergência,” afirmou Hilde Johnson. “Só trabalhando em conjunto poderemos cumprir a nossa missão, que consiste em defender e proteger os direitos das crianças, contribuir para a satisfação das suas necessidades básicas e para que possam desenvolver todo o seu potencial.” (fonte:UNICEF)
sábado, janeiro 24, 2009
Açores: "Há crianças cujos direitos não são assegurados"
Li no Açoriano Oriental, num texto do jornalista Rui Jorge Cabral: "Francisco Maduro-Dias é o delegado regional dos Açores do Comité Português para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).Portugal não é um dos focos da atenção da UNICEF, mas como admite Maduro-Dias em entrevista ao AO online, há ainda situações nos Açores onde os direitos das crianças são claramente infringidos e, além disso, fruto das modernas sociedades, emergem agora novas situações de “violência silenciosa” sobre as crianças. Qual é o papel da Delegação Regional do Comité Português para a UNICEF nos Açores? No essencial, a missão das Delegações é a de reforçar a acção do Comité Nacional, na área geográfica onde se inserem, dando o seu contributo para a divulgação e defesa dos direitos de todas as crianças do Mundo, conforme está consagrado na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças; para a promoção do bem-estar das crianças segundo os objectivos, políticas e programas aprovados pelos órgãos superiores da UNICEF, a nível internacional e em estreita cooperação com o Comité Nacional e para a mobilização de recursos para os programas da UNICEF nos países em desenvolvimento.Há nos Açores situações que caiam no âmbito de actuação da UNICEF?Há certamente nos Açores crianças cujos direitos fundamentais não são devidamente assegurados, especialmente as que vivem em situação de pobreza, as que são vítimas de violência física ou psicológica, as crianças vítimas de abusos, exploradas, esquecidas e “transparentes”, apesar de um círculo familiar aparentemente rico. Tudo isso são situações inaceitáveis para a UNICEF, em Portugal ou em qualquer parte do Mundo. A sensibilidade da comunicação social para a situação das crianças, mães e pais é também fundamental para uma consciência comunitária mais profunda. Embora a UNICEF não tenha programas de terreno nos países industrializados, nos quais Portugal se inclui, os Comités Nacionais devem, na medida do possível, alertar as autoridades responsáveis para essas situações e pressionar para que lhes seja dada resposta, pois, tal como afirma a Convenção sobre os Direitos da Criança no seu Artigo 2º, “os Estados Partes comprometem-se a garantir os direitos previstos na presente Convenção a todas as crianças que se encontrem sob a sua jurisdição, sem discriminação alguma...” A razão pela qual os programas de cooperação da UNICEF são levados a cabo apenas nos países em desenvolvimento prende-se com o mandato que lhe foi conferido pela Assembleia Geral das Nações Unidas e explica-se pelo facto de esses países não disporem dos mesmos meios que os países industrializados. Indicadores como a taxa de mortalidade infantil até 1 ano de idade, as taxas de mortalidade de menores de 5 anos, a mortalidade materna ou o PIB per capita são determinantes para o apoio da UNICEF num determinado país".
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